quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

O foco na saúde e não na doença




Imagine uma moça sendo arremessada de encontro ao vidro de um ônibus, pelo impacto do ônibus em relação a bicicleta, e arrebentando o vidro do ônibus. Imagine que, pelo impacto, a moça cai no chão e fica em estado gravíssimo e o motorista do ônibus, apesar dos protestos dos passageiros, vira o ônibus e vai ao hospital mais próximo levar a vítima.


Posteriormente, com o diagnóstico médico, trata-se de um traumatismo craniano, com hemorragia cerebral e ela não tem plano de saúde particular.

Para piorar a situação, seus pais não tem um centavo e vivem do emprego modesto de venda de sorvetes.

O doutor comunica então a família, que para salvar a vida da jovem, é necessária uma cirurgia e antes da mesma, é necessário fazer uma tomografia computadorizada, que não é disponível pelo sistema público de saúde e nem para pagar os honorários do neurologista .

Essa decisão terá que ser tomada em quesão de minutos.A empresa não quer arcar com os custos, pois não foi apurado os fatos devidamente e a culpa do motorista não foi certificada.

A decisão final , então é que o hospital vai arcar com a metade das despesas e a empresa vai arcar com a outra parte, para alívio dos familiares da moça,que só puderam fazer uma coisa: as orações de praxe.

A moça faz a tomografia e cirurgia e após treze dias de coma, escapa da morte.Não houve sequelas, exceto uma amnésia temporária e uma ligeira alteração no equilíbrio corporal em relação a sua lateralidade.

Essa moça sou eu. Depois de dezenove anos dessa cirurgia, tive quatro filhos, cursei uma Faculdade, tive a oportunidade de alcançar uma formação profissional em um país onde a taxa de analfabetismo ainda é uma das maiores do mundo.

Esse relato é apenas para lembrar ao leitor que os planos de Barack Obama em relação ao atendimento dos doentes dos EUA é uma atutude muito corajosa e humana.

Milhares de vida são ceifadas a cada ano, por falta de um atendimento médico conveniente e que só o dinheiro pode pagar.

 
Viver em um país que está em recessão, mergulhado em uma crise econômica e não poder contar com atendimento médico, por não ter dinheiro, é uma coisa terrível.


Assumir os custos da saúde pública e atender as famílias que não tem condições de pagar um bom Plano de saúde, não é uma estratégia capitalista.

É a estratégia de quem realmente tem uma índole onde estão abrigados os valores universais básicos e que pode realmente ser categorizado como vivendo em um estágio moral elevado,segundo Lawrence Kholberg.



Não é apenas isso, é um alguém que se preocupa com o sofrimento humano e que faz juz ao Prêmio Nobel da Paz que levou para casa.

Emprestando o slogan da Campanha da Fraternidade de 2009 e resumindo tudo em uma só frase:

A paz é fruto da Justiça.






 
 
 
 
Imagine a girl being thrown against the glass of a bus, the impact of the bus for the bike, and smashing the glass of the bus. Imagine that at impact, the girl falls down and is in critical condition and the bus driver, despite the protests of the passengers had seen the bus and go to the nearest hospital fumes.


Later, with the medical diagnosis, it is a head injury with cerebral hemorrhage and she has private health insurance.

To make matters worse, her parents do not have a dime and live in modest job selling ice cream.

The doctor then informed the family, which to save the life of the young, surgery is needed and before it is necessary to do a CT scan, which is not available through the public health and not to pay the fees of the neurologist.

This decision must be taken under consideration of minutos.es company does not want to bear the costs because it was not properly established the facts and blame the driver was not certified.

The final decision then is that the hospital will bear half the expenses and the company will bear the other party, to relieve the family of the girl who could only do one thing: the usual prayers.

The girl does the CT scan and surgery, and after thirteen days of coma, escapes morte.Não were sequels, except one term memory loss and a slight change in body balance with respect to their handedness.

That girl is me. After nineteen years of this surgery, I had four children, went to college, I had the opportunity to achieve a vocational training in a country where the illiteracy rate is still one of the largest in the world.

This report is only to remind the reader that Barack Obama plans for the care of patients in the U.S. atutude is a very brave and humane.

Thousands of lives are snuffed out every year for lack of appropriate medical care when there is lack of money.

In Brazil, the public health system needs improvement, but there is a system to serve the poor.

Living in a country that is in recession, mired in a slump and can not count on health care, for not having money is a terrible thing.


Meet the costs of public health and meet the families who can not afford to pay a good health plan, not a capitalist strategy.

Is the strategy of who actually has a character which are housed in the basic and universal values that can actually be categorized as living in a high moral stage, according to Lawrence Kholberg.



Not only that, one is someone who cares about human suffering and that does justice to the Nobel Peace Prize winner who took home.

Borrowing the slogan of the Brotherhood Campaign of 2009 and summarizing all in one sentence:


Peace is the fruit of justice.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Happy Holiday

http://my.democrats.org/holiday/?fname=Patrícia&s=Gov.+Kaine

domingo, 22 de novembro de 2009

Protestante fala sobre Lavagem Cerebral

Protestante fala sobre Lavagem Cerebral

A prática na sala de aula e a coisificação dos sujeitos

Bem, pensar a prática na sala de aula talvez se resuma a comparar o suporte teórico com o suporte prático. Mas na minha visão, a coisa vai bem mais além.Explicar a formação do sujeito contemporâneo, passando por algumas fases sócio históricas é fundamental.
Da educação bancária, vejo e entrevejo ações emergenciais dos donos do poder para tirar essa ética de pensar a educação nessse nível tão abrangente, me tirando da sala de aula.
Ficar de olho na Patrícia é a frase que sei que utilizam,Patrícia como um ser subversivo.Mas eu não sou uma ameaça, até porque eu perdi a ilusão de mudar alguma coisa.
As coisas se mudam por si mesmas.
A cada dia, percebo que eu sou proibida de pensar.
Se penso e externo o meu pensamento, sofro a sanção sobre o meu ato, investido de democracia e de verdade.
Se erro?
Parece-me que as representações das pessoas sobre a  minha vida, me torna uma vítima.Não sou vítima, sou vitimizada.
Mas é apenas um papel a mais que me atribuem, quando na realidade, não sou assim.
Posso ter a liberdade de pensar e de ser.


Torna-se meio narcisista esse reflexionamento sobre si e o seu contexto, e também essa é uma pseudo realidade.Sou apenas uma jovem mãe que quer criar seus filhos na dignidade e na decência, indo contra tudo o que não cabe no meu mundinho.

A coisificação dos sujeitos



O poder de ser acoplado à máquina. O corpo é visto como uma máquina. Não mais o poder de ser acoplado à máquina, mas a própria máquina.


Esse é o corpo que o capitalismo cria para o operário: o corpo maquínico.( Muraro, 1987).

Antes da Revolução Industrial, o artesanato era a forma de ocupação da criatura humana.

Como era a sua relação com o corpo?

A relação da criatura artesã com o seu próprio corpo era a arte como extensão de si.

A Revolução Industrial ajudou a mecanizar o humano, tirou da criatura humana o sensorial, o estético, uniformizou-o, catalogou-o.

Há um estranhamento muito grande em relação a manifestações artísticas.

Uma pessoa que não deixou morrer em si os dotes artísticos é visto como meio louco, meio anti-social.Ah, é artista.

Mas a Arte era uma expressão da criatura humana para explicar a sua realidade.

Nos tempos da caverna, pinturas rudimentares tentavam dar conta da realidade que os circundava.




Posteriormente, com a "invenção" da Industrialização, os homens se deslocaram para esse espaço que os coisificou e as mulheres foram se desviando para outras tarefas que não eram delas, especificamente.
A literatura e a música deu conta de explicar essa trnasformação social e concomitante a ela, o êxodo rural.
 

 

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

A Maldição da Ata

Nunca poderia imaginar que nas escolas públicas, por força do seu ofício e também por maldadezinhas, determinadas chefes que não sabem administrar o poder que lhe é conferido fazem   atos pobríssimos.
Existe nas escolas um caderno, chamado o livro das atas.
Cuidado com a Maldição das atas!! Se uma consegue fazer você assinar uma ocorrência escolar registrada no livro das atas, as outras farão quase a mesma coisa.
A Maldição das atas te persegue e você ficará atado a elas.A partir daí, tudo é registrado no livro das atas. Porque por qualquer ato falho seu, elas te lembrarão que existem ocorrências registradas no livro das atas a seu respeito.
Os problemas envolvendo a Comunidade escolar, de desustrutura familiar a agressões em salas de aulas, geram problemas para a pobre professora de ensino Fundamental, principalmente.
Em uma escola, vc nunca deve assinar nada e deve entrar mudo e saír calado ou calada.
Ser professor ou professora é uma carga muito pesada.


segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Andradiano ou Reescrita


Andradiano ou reescrita




Ode ao burguês

Odeio ao burguês

O burguês níquel

O burguês micho

A digestão versus a inanição

As nádegas suadas do homem nádegas

Contra as nádegas secas do homem pobre;

O cauteloso pouco a pouco

Que inspira cuidados e diz 33

Que faz plástica e esquece que vai morrer;

Enquanto pobres bebês plásticos

No lixo do caminhão

São despejados das favelas

Eu insulto os coronelismos bigodudos

Que vivem nas suas fortalezas

Gastando o dinheiro do povo

E das criancinhas

Com suas viagens ao Exterior

Charutos, caviar e lagosta



Enquanto restos de gente

Procuram restos de comida

Nas latas de lixo



Enquanto as filhas das senhoras

Aprendem o francês

E os pobres bebês de plástico

Nem podem aprender a falar

Pois morrem antes de nascer

Eu insulto o burguês fedido

Que disfarça o seu  futum com perfume

Para esconder sua real podridão

Ode ao burguês

E para justificar os gêneros

Ode as burguesas

Ou odeio as burguesas

Odiaria
Se não fossem mulheres....
Ser mulher já é carma!

domingo, 1 de novembro de 2009

Racismo

Racismo




O racismo é no Brasil, uma causa muito polêmica e por isso mesmo, não é discutida.

Todos nós, de uma forma ou de outra, temos um pouco de racismo.

O costume de ver as pessoas com a pele mais clara e condições financeiras boas assumindo as posições de mando e comando na sociedade faz com que sintamos certa estranheza quando é um negro ou uma negra que faz isso.

Assim como os negros que ascenderam socialmente, seja pelo capital cultural ou material são tolerados apenas o racismo é sutilmente destilado.

A dor de ver um policial negro tentando disciplinar um aluno também negro e pobre, dizendo que atos de desobediência e indisciplina são feitos só por aqueles negões que estão agora atrás das grades, e se o menino não parasse com atitudes violentas na sala de aula, ele iria se transformar num daqueles negões, deu me a exata dimensão da coisa toda.

Quantos professores negros e professoras negras que eu tive?

Quando foi que eu tive que assumir para mim a cor da minha pele escura?

Quantos presidentes negros o Brasil teve?

Quantos professores negros têm no quadro de docentes da Secretaria de Educação?

È uma discussão muito chata. Mas deve ser feita.

A naturalização da inferioridade salarial do negro, o seu status, a sua dificuldade em ascender socialmente, são pautas que merecem ser revistas.
Posted by Picasa

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Evolução do Conhecimento


Evolução do Conhecimento


Segundo Piaget, o Conhecimento evolui progressivamente por meios de estruturas cognitivas que substituem umas as outras através de estágios.
Esses quatro estágios são: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal.
A construção do conhecimento se faz seguindo esses estágios, quando ocorrem ações físicas e mentais sobre os objetos, provocando o desequilíbrio, através de fases que o psicólogo chamou de assimilação, acomodação e assimilação dessas ações através de esquemas de conhecimento.
A maturação do sistema nervoso faz com que se abram possibilidades a serem desenvolvidas.
A manipulação de objetos, no sentido concreto faz com que a criança adquira novos conhecimentos, pois esse é o seu instrumento primordial de compreensão do mundo.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Suicídio


Existem pessoas que tem mais força do que as outras. Ao refletir sobre suicídio, a teoria de Darwin é mais apropriada do que as teorias religiosas.Guardando as devidas proporções, a pessoa que não tem força moral vinda de fontes como a Fé em Deus e em si mesma, perece a coloca fim a própria vida.

Só os fortes sobrevivem. Da fraqueza se tira a força.

Em algumas vezes, os suicidas em potencial querem chamar a atenção.A auto-estima deles e delas é tão curta que se deixam vampirizar pelos outros e ficam arrumando meios de agradar, serem aprovados e que as outras pessoas lhe deem razão.

A sua felicidade e bem estar está naquilo que os outros possam pensar delas. Com isso, atraem muitos problemas e pessoas de má fé a utilizam para verem satisfeitas em sua insanidade e vileza.


sábado, 3 de outubro de 2009

A autoestima, tão necessária na função docente




" Não são poucos os profissionais que sofrem a
síndrome de burnout, entre outras inúmeras doenças laborais. Uma parte,
acredito, porque além de todos os percalços naturais da profissão, tais
profissionais também não se respeitam e realizam tarefas ou assumem funções que
contrariam suas crenças, valores e vocações em função do salário apenas. Esta é
uma forma prática de vender um pedaço da autoestima, tornando-se morno e
indiferente com o trabalho e as coisas do trabalho. Neste caso é hora de
procurar o trabalho certo para fazer já que não consegue fazer bem feito o
trabalho que se concordou fazer até então."



Essa é a assertiva do Profº Chafic em relação a síndrome de Burnout.Já a APEOESP tem outra versão.
Entendi, na minha leitura que essa síndrome é um quadro psicoemocional que vai se instalando no docente que é submetido a assédio moral constantemente.
Angústia, insegurança, medo de errar, conviver com a maledicência natural do quadro público.
Os sintomas físicos são taquicardia, falta de ar, dor de cabeça, falta de concentração e medo.
O desgaste que eu vivencio como Professora é advindo da falta de respeito pela minha privacidade e a invasão do meu espaço.
Lidar com a comunidade escolar às vezes é uma questão problemática, pois valores morais e sociais são colocados em pauta constantemente.
Se intitular educador e fazer-se educado não é o suficiente.
A maturidade necessária para conversar com os pais e as mães, solucionar suas angústias e medos, é adquirida com o tempo.
Só esse quadro já é extenuante.
Também se no ambiente de trabalho existe assédio moral e abuso de poder, o organismo se ressente pelo ataque constante, traduzindo em aumento de peso, dor de cabeça, ressecamento intestinal e outros problemas.
Todo ponto de vista é a vista de um ponto.
Síndrome de Burnout tem outras características que geram o não fazer bem feito o trabalho a que se propôs.
Quem gosta do que faz e é perturbado constantemente por superiores que não tem mais nada a fazer, do que ficar sentados atrás de sua mesa, ditando ordens e querendo estabelecer uma rotina de sala de aula a qual não conhece intimamente, sente-se oprimido e extenuado.
A desvalorização do docente se intensifica quando escuto comentários do tipo: “isso é assim mesmo, é do jeito deles, não bata de frente”, etc.
Guazelli, um psicopedagogo, comentou outro dia sobre a importância do recuo.
Às vezes é importante recuar para pensar com calma no que se vai fazer.
Porém o recuo é prejudicial em alguns casos porque pode ser entendido como medo ou ingenuidade.
O profissional da educação só vai recuperar o seu respeito quando juntamente com a prática dos pilares da auto-estima se conscientizar que pode trabalhar positivamente , obedecer as regras mas jamais virar capacho de gente que só se afirma pisando nos outros, não sabendo lidar com o poder, abusando da posição que lhe foi conferida.




sábado, 26 de setembro de 2009

O menino do pijama listrado


A invenção da infância, de Philipe Arié, ainda vai ser tema desse blog.Crianças, em épocas históricas já foram submetidas as circunstâncias bem mais dolorosas do que o trabalho infantil.

Não estou fazendo apologia do trabalho infantil mas certos filmes nos fazem pensar a infãncia como uma contrução histórica e humana, com um viés duro demais e inaceitável.

Esse filme me fez refletir muito sobre a condição da criança no mundo contemporânei e ainda ficou aqui bem forte a característica da etimologia da palavra infância: sem fala.

As nossas crianças são aquilo que nós fazemos com o que elas sejam.






Sinopse: Bruno, de oito anos de idade, é o filho protegido de um oficial nazista cuja promoção leva toda família a deixar sua confortável casa em Berlim para seguir para uma área desolada onde o menino solitário não tem o que fazer e nem com quem brincar. Muito entediado e movido pela curiosidade, Bruno ignora as insistentes recomendações da mãe de não explorar o jardim dos fundos e segue para a “fazenda” que ele viu a certa distância. Lá ele encontra Shmuel, um menino da sua idade que vive uma existência paralela e diferente do outro lado da cerca de arame farpado. “O Menino do Pijama Listrado” é uma fábula cuja intenção é dar uma perspectiva singular sobre os efeitos que o preconceito, o ódio e a violência têm sobre pessoas inocentes, sobretudo crianças, durante a guerra. Através dos olhos vivos de um menino alemão de 8 anos de idade bastante protegido da realidade da guerra, nós testemunhamos uma amizade proibida que se desenvolve entre Bruno, filho de um comandante nazista, e Shmuel, um menino judeu prisioneiro de um campo de concentração. Apesar de separados por uma cerca de arame farpado, as vidas dos meninos acabam profundamente interligadas.

A Educação, um caminho possível


BOM DIA

Um bom dia hoje é para Alberto Bruschi, coordenador regional da APEOESP de Presidente Prudente, que foi meu colega no curso “Psicologia da Moralidade”, ministrado pela Profª Drª Maria Suzana Steffano Menin, da UNESP de Presidente Prudente, pela sua sensibilidade, companheirismo e espírito de liderança.


O TRABALHO INFANTIL
SEM OPÇÃO POSSÍVEL





A secretária da Educação de Assis, Ângela Canassa tem tido ótimas idéias para a inserção de crianças no quadro educativo, sem abandono ou evasão.
A Escola Beija-Flor tem sido uma boa proposta para os educandos que apresentam perfil para ingresso nesses quadros.
Mas é preciso fazer mais: deve-se ter a idéias de criar políticas públicas aliadas ao fazer educativo que possibilite as crianças das classes desfavorecidas o acolhimento e a permanência nos quadros educativos e fazê-los pensar a escola como preparação para a vida.
Uma vida digna e justa, como todos querem e merecem ter.
A sensibilidade da Secretária a permite ver, além de crianças com déficit de aprendizagem, as crianças que são super dotadas.
Pensa em criar um espaço para elas: O Projeto Jovem cientista que deve estar em processo de construção.
Um de seus projetos é criar uma escola que esteja atinente com a poesia que ela pediu para publicar no Jornal Voz da Terra, na época de sua posse.
O poema de João Cabral de Melo Neto, “Tecendo a manhã”.
“... Para que a manhã, desde uma teia tênue, se vá tecendo, entre todos...”
Tênue é o esforço do professor em ensinar verdadeiramente aqueles a quem a inculcação ideológica tem tirado o amor próprio e a auto-estima pelo ter e não o ser, nublando a sua alma.
O Pensamento e o sentimento evocado nessa poesia de Cabral de Melo Neto têm direcionado as ações de Ângela.
Ela tem feito um bom trabalho.
Tênue é a vida, tênue é a nossa fragilidade como seres humanos que hoje estamos aqui e amanhã poderemos ter passado como a névoa e a neblina.
Mas é dessa fraqueza que se tira a força para sermos mais e melhores.
Porque falar tanto da Ângela?
Porque ela tem uma importante e fundamental missão. Ela pode fazer a diferença na educação de Assis, usando uma frase feita: fazer a diferença.
Secretários anteriores, como o Professor Rubens Cruz, cuja preocupação era capacitar os professores e oferecer uma educação de qualidade, deixaram sua marca e sua contribuição.
De outros secretários eu não posso falar, já que eu sou nova na Rede.
Mas eu nunca vi dedicação a educação como a Secretaria Municipal de Assis.
No entanto, apesar da minha alegria e da minha compreensão para uma educação de qualidade sou criticada e às vezes, rejeitada.
Isso não é problema para mim, pois eu acredito nos meus ideais.
Existe a Angélica que pensa não existir outro mundo além daquele ao qual está acostumada.
Mas existe e este se contorce em dores e é problema de todos nós.
Existe o Guazzeli que fala em seu programa sobre coisas amenas, não querendo enfatizar a dor do mundo.
Existem muitas pessoas de bom coração e sensibilidade, mas que querem dar educação para os incluídos e não para os excluídos.
E é com os excluídos que devemos nos preocupar.
Pensar inclusive, em não excluir aqueles que se preocupam com os excluídos, tentando excluir essa pessoa como disse a minha irmã, “angustiante e angustiada’.
Ou seja, me excluir, inventando coisas que não me pertencem.
“Isso não me pertence mais, nê.”
As crianças pobres, sem a educação proporcionada pelas escolas não tem opção.
Não tem opção possível.
E é pelo caminho da Educação, que eu, outrora “vítima” do trabalho infantil, quero alicerçar as minhas bases.
Na lavoura, desde os sete anos de idade, tenho observado o mundo.
O que vitima a criança trabalhadora não é o esforço do labor.
È a ignorância dos que fazem a educação e a política, tentando reduzir as criaturas e as almas a subseres e a sub almas.
Para que nessa teia da vida, verdadeiras aranhas canibalistas, só elas apareçam para o banquete, a festa da vida.
O trabalho na lavoura em certa medida, edificou a minha alma.
Ensinou-me a dar valor a cada toquinho de lápis e a cada folha de papel.
Mas se existem outros caminhos para as crianças de hoje, porque não mostrar?
Criem uma educação inclusiva e oficinas que ofereçam cursos úteis para os jovens aprendizes.
Inclusive, plantar uma horta. Mexer com a terra faz bem.
Trabalho direcionado não mata ninguém, cura e edifica.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O trabalho infantil

O TRABALHO INFANTIL
NOVOS OLHARES E NOVAS PERSPECTIVAS




O foco desse blog agora é comentar a respeito do trabalho infantil. O Brasil, sendo um país com tanta desigualdade social ainda arranca dos frágeis ombros das crianças os impostos que são desperdiçados pagando serviçais para senadores e essa corja de políticos corruptos. Ricos comendo pobres, como disse o impagável Jô Soares certa vez.
Existem dois pilares que devem ser revistos: criança não pode trabalhar, mas com a desestrutura da sua família que alternativa resta?
O tráfico de drogas ou a prostituição, a vida de crimes.
Não quero ser ingênua para pensar que os criminosos só se tornaram assim pela desigualdade social.
A mente criminosa tem suas explicações centradas na Ciência do comportamento e nos desvios de personalidade.
Pobres que não tem caráter criminoso podem, no muito, furtar alimentos dos supermercados e roupas de lojas. Com essa conduta, motivada pela fome e pela desesperança, são punidos com a rigidez que cabe o delito de furto.
Quem não chega a tanto, vai pedir esmolas nas ruas e nas casas.
Dilemas morais como esse é objeto de estudo na Faculdade.
Mustaf Sing, por exemplo, morava numa aldeia muito pobre e tinha a mulher doente. A questão era a seguinte:
Para salvar a vida da mulher ele poderia furtar o remédio que precisava se lhe fosse acessível?
E as crianças brasileiras? O fracasso escolar através da evasão, da repetência, do bulyying, a falta de compromisso das famílias, torna o ambiente escolar inóspito.
Sem falar das posturas de alguns docentes arraigados na cultura alienada do ter versus ser que maltratam seus alunos e alunas como se eles e elas não fossem merecedores do seu labor.
Quais são as alternativas para as crianças brasileiras pobres?
O trabalho não pode ser uma alternativa viável.
Mas também não pode ter a perspectiva de sermos um país europeu, onde as crianças tem escola, moradia e uma vida digna.
O Brasil é o Brasil.


domingo, 20 de setembro de 2009

Realidade e Escola


A (I) MUTABILIDADE DAS REGRAS

As regras levaram muito tempo para ser construídas, e segundo Macedo (1996), et all, sua mutabilidade não é encontrada nas crianças.
A regra não é boa ou má em si, segundo algumas crianças do Estudo, mas ela é útil, pois regulamenta o viver em sociedade.
O que a criança pensa a respeito das regras escolares? Segundo esse estudo, devem ter sido inventadas por alguém superior: Deus ou a Diretora da Escola;
Para as crianças estudadas, as regras são sagradas e necessárias.
Na realidade da sala de aula, observei que se a professora ou o professor não sabe impor respeito, os construtos observados nesse contexto não tem sentido nem fundamento.
Em uma sala de aula de uma escola de periferia as crianças davam tão pouco valor as regras, que só ouvem e sossegam quando eu grito com elas e pareço muito brava.
Aos poucos foram me ouvindo e o respeito foi sendo construído com muita paciência e perseverança.
Percebi que alguns funcionários da escola temiam a reação dos familiares das crianças, como agressões de variados tipos fora da escola ou até mesmo dentro da mesma.
Senti-me refém e fui seriamente advertida pelos superiores hierárquicos quando eu comentei e mostrei que havia um procedimento jurídico adequado para esse tipo de violência se ela continuasse a ser praticada contra mim.
Funcionam em extremos: a autoridade jurídica ou policial para conter os excessos e o papel do diálogo como inútil.
Em outra reunião, com o MEC propondo a construção de uma comunidade escolar que privilegiasse o contato e a interação das famílias e das escolas, sugeri atividades artísticas e de leitura como aproximação.
Fui lembrada que essa aproximação já havia sido praticada e que não havia surtido o efeito esperado.
Então, esse Estudo tem o seu fundamento quando observa sobre a construção de regras escolares e a sua imutabilidade.
As regras são as seguintes:As Professoras devem estar em um extremo e as famílias em outro extremo. Os papéis não devem se misturar.
Quem ensina são os professores. Quem aprende é a Comunidade.
A Professora tem que ser “brava”. A fila, mesmo mista tem que cumprir uma ordem regular.Causa estranhamento as carteiras e as mesas dispostas em outro sentido.A relação deve ser vertical. O ensino deve ser transmissivo e conteudista.
Vai ser necessário muito tempo para qua a inovação do Ensino possa ser praticada na sala de aula.




A Educação Moral e seus desdobramentos

Cinco Estudos de Educação Moral - Reflexões


Em uma atmosfera de autoridade e de opressão intelectual, não se constroem e nem se formam pessoas autônomas, que tem o seu pleno desenvolvimento assegurado, com as orientações corretas para a reciprocidade, segundo Ulisses de Araújo, (1996) na sua obra “Cinco estudos sobre a educação moral”.
A reciprocidade, entendida como um agir passivo, contra a violência, não deve esbarrar, contudo num eterno agir ingênuo que vitima a pessoa num círculo vicioso de anulação.
Deve ser uma reciprocidade investida de consciência, dos limites necessários para o exercício da liberdade de dizer não.
Dizer não é necessário.
A principal pergunta que eu me fazia ao assistir as aulas de Suzana era: “Se eu agir passivamente, como Jesus Cristo e Confúcio, será que o outro não vai interpretar mal a minha passividade e confundi-la com ingenuidade?”
Não tive oportunidade de explanar as minhas angústias, pois para os alunos e alunas, os comentários e as perguntas iriam roubar o tempo escasso em que essa conceituada professora dispunha para lecionar.
Por outro lado, como aluna, deve-se tomar cuidado com o que se fala principalmente perguntas, e o pensamento, a construção organizada de idéias ainda está se processando.
A Professora abria espaço para o diálogo, a troca de idéias, mas havia uma série de motivos para que esse diálogo não alcançasse seus objetivos.
Com a maturidade, tudo faz sentido, até como útil e necessário, e como instrumento a serviço do apreender a realidade e possivelmente, transformá-la, se necessário.
Nas escolas, com a violência e a falta de respeito cada vez mais evidente, se faz necessário pensar sobre essas questões e agir sobre elas.
Porém, tal atitude preventiva não deve ser confundida apenas como um estágio necessário para estudantes de Pedagogia e de Psicologia, mas com um agir de cidadania que pode prevenir e evitar comportamentos destrutivos.
Esse agir deve englobar a comunidade escolar e familiar, com ações efetivas para coibir o uso da violência em todas as suas formas.
Na Faculdade, em 2004, nas aulas com a Profª Suzana Menin, não pude interpretar a totalidade da sua ação quando como agora, confrontada com a realidade, percebo que a Educação da moralidade deve ser um dos tópicos da formação do pedagogo e do psicólogo, não sendo colocada na Grade curricular apenas como Optativa.
Estudos sobre comportamentos são mais necessários do que estudos sobre a Legislação no Ensino.
Se as pessoas não entendem nada de comportamento, no que tange a Educação Moral, os valores universais, como vão cumprir e respeitar a Legislação, com a sua letra fria e morta?
Seria a mesma coisa que dar um livro de Direito para um primata.Ele não saberia distinguir a utilidade daquilo.

Carreira e Sucesso

Além das discussões de âmbito pedagógico, relacionados ao fazer do profissional da educação, existem outras questões que perspassam a sua vida, como um ser humano qualquer.


Licença-maternidade bem planejada é maneira eficaz de manter a carreira intacta

Contribuição: site "Carreira e sucesso"


Tatiana Aude
Acabamos de comemorar o Dia das Mães, e por falar nelas, foi-se o tempo em que para ser mãe era necessário abdicar da carreira profissional. Hoje em dia, as mulheres tentam conciliar ao máximo as duas áreas da vida: a maternidade e a realização profissional. O que nem sempre é fácil, porém com planejamento pode tornar o processo de saída temporária da empresa menos complicado e traumático e a dedicação ao bebê recém chegado mais concreta e generosa. Há empresas que seguem uma linha de pensamento aberto e que encaram bem a notícia de uma gravidez na equipe. Outras, mais conservadoras e burocráticas recebem a notícia como uma bomba prestes a explodir. Se este último caso é o seu, é necessário pensar em como fazer sua saída sem traumas e manter seu emprego depois do tempo de estabilidade. “Levando-se em consideração o local em que se trabalha, é possível planejar a gravidez e comunicar a decisão à empresa com antecedência. Esta é uma das maneiras mais eficientes de evitar eventuais conflitos. Além disso, com exceção de indicação médica contrária, as mulheres grávidas podem trabalhar, normalmente, até o nono mês. Procurar agendas médicas fora do expediente é uma boa medida para não prejudicar o próprio desempenho”, orienta o diretor da Clínica Genesis e especialista em ginecologia e obstetrícia, Dr. Aléssio Calil Mathias. Um fator que desde a década de 60 até hoje não muda é a sensação de culpa das mães que, mal saem de licença, já sofrem por ter que, passados quatro a seis meses, retornar às atividades e deixar os pequenos aos cuidados de babás ou familiares. “Flexibilidade é muito importante na conciliação da carreira com a maternidade. Quem pensa que excelente mãe é aquela que acompanha tudo o que o filho faz, o tempo todo, engana-se, pois uma relação saudável com o filho é construída na qualidade do vínculo mãe-criança, e isso não tem a ver com um maior número de horas disponíveis para ele”, pondera. Para ajudar as futuras mamães a agirem antes, durante e depois do período de licença-maternidade, de forma a manter o emprego em paralelo à atividade materna, o consultor de Recursos Humanos e vice-presidente da Associação Paulista de Gestores de Pessoas (AAPSA), Reinaldo Chaguri, dá algumas orientações. “Uma mulher grávida que quer sair da empresa com uma boa imagem profissional, deve tomar a iniciativa e preparar o terreno para minimizar problemas de ordem funcional que a saída pode provocar ao setor ou ao departamento onde trabalha”. Ele recomenda: Antes da licença • Esforçar-se para manter o ritmo de trabalho, respeitando os limites da saúde e evitando, portanto, receber avaliações negativas de sua competência profissional; • Antecipar-se e, num diálogo franco com seu líder, dispor-se a treinar outra pessoa para substituí-la; • Deixar preparado, e por escrito, roteiros, passo a passos, indicações e nomes de contatos (além de todo tipo de informação) que venha a facilitar o trabalho de seu (sua) sucessor (a); • Esforçar-se, até mesmo com horário suplementar no trabalho, para mostrar ao líder sua preocupação com a sua ausência posteriormente; • Faltar ou chegar atrasada apenas em situações inevitáveis. É preciso deixar transparecer ao líder, e ao ambiente de trabalho, que tais faltas ou atrasos são, de fato, necessárias e não abusivas. Durante a licença • Quando entrar em licença, a profissional não deve demonstrar que esqueceu a empresa completamente. Se agir dessa forma, deixa a sensação, para o líder, que ela tinha um baixo comprometimento com a corporação. É importante, vez ou outra, telefonar para saber como vão as coisas ou se sua substituta precisa de alguma informação ou orientação. • Receber visitas de colegas para se informar ou enviar mensagens diretas ou indiretas também é importante. Essa atitude fortalece mais o vínculo com o líder e em consequência com a empresa. Ao retornar à empresa • No retorno à empresa e nas primeiras semanas, a profissional não deve fazer comentários aos colegas ou ao líder do tipo “eu tenho direitos legais” ou “tenho estabilidade como gestante”. Essa atitude enfraquece a profissional que passa a ser vista como não comprometida ou insegura. Ainda nos primeiros meses do retorno, deve se organizar em casa para evitar faltas ou atrasos constantes. Um líder voltado a resultados não vê com bons olhos esse comportamento, podendo, em alguns casos, entender como exagero ou abuso. Seguida as orientações dadas por Chaguri, se ainda assim a profissional for desligada da empresa, deve atribuir seu insucesso a alguns destes fatores, que ele cita. “Os casos de demissões, depois de encerrado o período de estabilidade, têm sua origem, normalmente na alienação total do trabalho durante o afastamento, faltas e atrasos antes e depois com uma dose de exagero ou sensação, para o líder, de abusos e, por fim, queda na produtividade ou na eficiência, seja pela baixa disposição física ou mental, ou por deixar evidenciado demais que o filho está em primeiro lugar".

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Estágios infantis


Os estágios de Arthur Gabriel


0 meses de idade


  1. Com 0 meses de idade, Arthur dormia bastante.A interação com as pessoas era apenas de olhar para elas, comigo ele olhava com uma expressão de surpresa.
    Pelo menos, eu pensava que era surpresa.Quando estava chorando, parava de chorar quando eu me aproximava e ouvia minha voz.
    Tinha um contato mais profundo com o pai.

    02 meses de idade
    Arthur olhou zangado para a enfermeira que aplicou a injeção de vacina nele, como que reclamando.
    Comigo, me olhou de forma mais consciente e mais inteligente. penso que os teóricos da Educação registraram em seus apontamentos apenas o que conseguiriam provar, de forma científica ancorados em valores universais.
    Nesse período dormiu um pouco menos.

    03 meses de idade
    Já algum tempo, Arthur segue com os olhos. Colocou mais intensidade no olhar. Parece que compreende o que acontece.
    Olha os alimentos com interesse, parece que quer comer.
    Já distingue ele mesmo de mim e dos outros. Observa e suga as mãos.
    Dá sorrisos e gargalhadas.

    04 meses de idade
    Permito-me encostar alguns alimentos na boca do Arthur, para ele sentir o sabor. Parece que gostará de pão e doce.
    Esgota todo o leite dos seios, e são mais freqüentes suas mamadas. Penso em introduzir outros alimentos na sua dieta, já que eu vou trabalhar quando ele estiver com seis meses;
    Estou cansada, pois ele é o quarto filho e não consigo dormir de noite por causa das mamadas.
    Vou iniciar com o leite Nan agora e com papas de frutas com cinco meses.
    O Arthur “fala” alguns sons guturais e solta sons altos. A interação dele com as pessoas ao redor está cada vez mais animada. Desperta um carinho e um amor imensos, pois é uma criança bonita e meiga.




quinta-feira, 17 de setembro de 2009

REFLEXÕES SOBRE A MORAL


CONSIDERAÇÕES SOBRE A MORAL



O primeiro erro da moral teórica é confundir a explicação e a normatização, conhecimento e prescrição, segundo Ives de La Taille.
A moral é normativa, como assinala Levy-Brhul, e porque é normativa não pode ser teórica.
È preciso separar o universo do “ser’ daquele do “que deve ser”. O que representa o bem e o mal? Explicar o que é moral depende de um método não especulativo: o método científico.
A ciência dos costumes deve procurar conhecer as leis que regem o universo moral humano. Não se deve pensar no estabelecimento de uma prática engessada.
A religião, a moral, a política, repousam em um pensamento épico, as regras e as normas são históricas e contextualizadas.
Então não se deve pensar nelas como uma herança pronta e observando, devemos perceber que elas variam de uma cultura para outra.
O Juízo de valor é estabelecido observando critérios morais.
Para a criança, é um choque muito grande, pois os valores que são considerados como corretos dentro de sua casa pode ser contrário as regras das escolas.
Por ter essa natureza, as questões morais podem ser objeto de investigação científica.
A questão que me intriga é que isso é de uma obviedade muito grande e foram escritas várias obras para se dar conta disso.
Provavelmente foi por que eu nasci em uma época onde as mitificações em torno de algumas construções humanas já estavam tomando um caráter realista.
Quando eu entrei na Faculdade, ainda estavam colocando como importante a percepção de que a Matemática foi uma construção humana e que tem o seu histórico.
Hoje os livros didáticos mostram a História da Matemática de forma resumida antes de começar a exposição das contas de aritmética e o estudo do algoritmo.
Considero esses valores como positivos e é de fundamental importância o desvendamento do mundo, a desconstrução de idéias, a práxis no seu verdadeiro sentido.
Talvez isso seja uma idéia positivista, entendida como um desdobramento da idade iluminista.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Não existe almoço grátis


Não há almoço grátis

Onde ouvi isso? Parece-me que foi da Suzana. Certas coisas estão fazendo sentido agora na minha vida, com a prática, com a realidade histórico crítica.
Reflito sobre isso.
Uma criada, por exemplo. Ela pode pensar que seus patrões levam uma vida próspera e sem problemas. Pode ficar intrigada com o controle, com a economia com a restrição a certos alimentos.
Pode não valorizar a água que gasta, a luz, o alimento e algumas roupas que ganha de seus patrões.
Lógico que existem patrões e patrões. O emprego doméstico tem esse preconceito embutido por ser uma categoria substitutiva do labor das escravas nos tempos coloniais. O Brasil é escravagista e colonialista.Senti isso na pele.
Empregados, por exemplo, são todos os que exercem uma função em troco de um salário, de um vencimento.
Existem empregos prestigiados e desvalorizados.
Mas quando se refere a uma doméstica, sempre falam “Ah, é a empregada” .
E as pessoas pobrezinhas sempre têm a mania de achar que os mais favorecidos economicamente têm a obrigação de mimá-los com cestas básicas, agasalhos, calçados. Esquecem que na vida não tem almoço grátis.
São coitadinhos, são pobrezinhos. Precisam de um almoço grátis.
Uma vez, atendi um mendigo querendo dinheiro com o pretexto de comprar um pãozinho.
Disse a ele que não tinha dinheiro, mas que havia acabado de fazer o almoço e que se ele quisesse, poderia lhe oferecer esse almoço, coisa simples, pois não tinha feito as compras do mês.
Em um pote de plástico coloquei o que havia: arroz, feijão, ovo frito (fumegando) e alface.
O mendigo recebeu o pote, cheirou, resmungou, fez uma careta e perguntou:
__Não tem carne?
__ Não, eu não fiz compra ainda. __ como se fosse a minha obrigação dar satisfações da minha vida privada a esse senhor ilustre.
__Ah_ desanimado__ Obrigado.
Saiu, carregando o pote na sacolinha de plástico.
Adiante, como se não importasse se eu estava ou não o observando, destampou o pote, virou toda a comida na calçada, sujando a calçada da vizinha.
E levou meu pote embora. E a minha colher também.
Bateu palmas na próxima casa com a mesma lenga.
Bem, hoje, perturbo as pessoas que estão ligadas às secretarias de educação da vida com os meus dilemas financeiros e existenciais. Sei que sou um pé no saco. Sei que fiz mais filhos do que manda o bom senso. E se não fosse o abençoado Dr. Japonês faria mais uns dois. Era boa nisso, mesmo com anticoncepcional, bendita fertilidade.
Mas eu estou determinando aquilo que é meu, que eu lutei para conquistar.
Não estou pedindo um almoço grátis e nem um troquinho para tomar um marafo.Não obrigada, eu não bebo.
E não viro potes de comida na calçada. Procuro fazer um bom trabalho. Sei o valor da coisa e o sacrifício que leva.
Obrigada, Suzana Menin. Não chores por mim.
Aprendi a me cuidar.
Entendi que não tem mesmo almoço grátis.
“ Comerás a Patrícia com o suor do seu rosto” . Ops!
A Patrícia comerá com o suor do seu rosto e com a força da sua garganta e da sua pedagogia e didática e blá, blá.





quinta-feira, 10 de setembro de 2009

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Didática e prática na sala de aula


A DIDÁTICA E A PRÁTICA NA SALA DE AULA


A parte teórica muito intensa do Curso de Pedagogia tem atrapalhado a vida de milhares de pedagogos quando assumem a sala de aula.
O estágio obrigatório não é de intervenção, é de observação.
Isso quer dizer que quando a professora entra na sala de aula ela não sabe nada da arte de ensinar.
Normalmente, estudamos a matéria de Didática, mas é outro amontoado de teorias.
Apostilas para os candidatos a professores xerocarem e às vezes nem lerem, pois o ensino se organiza em seminários.
Cada grupo estudará apenas o conteúdo que cairá no seu seminário.
Durante a sua observação, muitas vezes, ela se deparou com professores gritando com seus alunos e tratando-os com hostilidade.
É com esse espírito que ela vai para a sala de aula.
A ela é entregado um livro didático que não foi escolhido por ele.
Poderia ter sido ensinado que existem pelo menos quatro etapas a serem cumpridas para a aplicação desse conteúdo didático:
Selecionar, organizar, transmitir e avaliar os conteúdos do livro didático.
Existe, ao final de todo livro didático instruções bem claras quanto ao manuseio do mesmo.
Não sei se esse conteúdo instrucional tem sido observado e utilizado como deveria.
Quando a docente seleciona o que trabalhará, ancorando tal aprendizado com fontes paradidáticas, ele estará aprimorando o conteúdo pronto.
Quando ele organiza, terá um planejamento coerente que poderá ser modificado se precisar. Pois se ele não tem nada organizado, o que modificará?
Quando ele transmite de forma selecionada e organizada, ele mesmo tem um conhecimento prévio do que está sendo transmitido e pode.
Quando ele avalia, ele poderá perceber onde foi insuficiente e errado a forma como o ensino foi ministrado e resgatará o conteúdo, dando a si mesmo uma chance de aprender a ensinar e ensinar o que não foi aprendido.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

a arte de ensinar

Contribuição

Momentos de reflexão

A arte de ensinar
Dia desses um garoto de oito anos contava para a mãe suas experiências na sala de aula. Comentava sobre cada professor, sua maneira de ser e de transmitir ensinamentos. Dizia que gostava muito das aulas de uma determinada professora, embora não gostasse muito da matéria. Comentava, ainda, que detestava ter que assistir as aulas de sua matéria preferida porque não gostava da professora. Dizia, com a franqueza que a inocência infantil permite: A professora de História está sempre de mau humor. Ela grita com a gente por qualquer motivo e nunca sorri. Quando passa uma lição e algum aluno não faz exatamente como ela mandou, faz um escândalo. Todos os alunos têm medo dela. Já a professora de Português está sempre sorrindo. Brinca com a turma e só chama atenção quando alguém está atrapalhando a aula. Eu até fiz uma brincadeira com ela um dia desses, e ela riu muito. Depois de ouvir atentamente, a mãe lhe perguntou: E por que você não gosta das aulas de religião, filho? Ah, falou o menino, o professor é grosseiro e cínico. Critica todos os alunos que têm crença diferente da dele e diz que estão errados sempre que não respondem o que ele quer ouvir. E, antes de sair para suas costumeiras aventuras com os colegas, o garoto acrescentou: Agora eu sei que, por mais complicada seja a matéria, o que faz diferença mesmo, é o professor. De uma conversa entre mãe e filho, aparentemente sem muita importância, podemos retirar sérias advertências. E uma delas é a responsabilidade que pesa sobre os ombros daqueles que se candidatam a ensinar. Muitos se esquecem de que estão exercendo grande influência sobre as mentes infantis que lhes são confiadas por pais desejosos de formar cidadãos nobres. Talvez pensando mais no salário do que na nobreza da profissão, alguns tratam os pequenos como se fossem culpados por terem que passar longas horas numa sala de aula. Mais grave ainda, é quando se arvoram a dar aulas de Religião e agridem as mentes infantis com a arrogância de que são donos da verdade, semeando no coração da criança as sementes do cepticismo. Quem aceita a abençoada missão de ensinar, deve especializar-se nessa arte de formar os caracteres dos seus educandos, muito mais do que adestrar-se em passar informações pura e simplesmente. É preciso que aqueles que se dizem professores tenham consciência de que cada criatura que passa por uma sala de aula, levará consigo, para sempre, as marcas indeléveis de suas lições. Sejam elas nobres ou não. É imprescindível que os educadores sejam realmente mestres, no verdadeiro sentido do termo. Que ensinem com sabedoria, entusiasmo e alegria. Que exemplifiquem a confiança, a paz, a amizade, o companheirismo e o respeito. E aquele que toma sobre si a elevada missão de ensinar Religião, deverá estar revestido de verdadeira humildade e da mais pura fraternidade, a fim de colocar Deus acima de qualquer bandeira religiosa. Deverá religar a criatura ao seu Criador, independente da Religião que esta professe, sem personalismo e sem o sectarismo deprimente, que infelicita os seres e os afasta de Deus. Por fim, todo professor deverá ter sempre em mente que a sua profissão é uma das mais nobres, porque é a grande responsável por iluminar consciências e formar cidadãos de bem. * * * Mestre verdadeiro é aquele que ajuda a esculpir nas almas as mais belas lições de sabedoria. Verdadeiro professor é aquele que toma das mãos do homem, ainda criança, e o conduz pela estrada segura da honestidade e da honradez. O verdadeiro mestre é aquele que segue à frente, sinalizando a estrada com os próprios passos, com o exemplo do otimismo e da esperança.
Autor:Redação do Momento Espírita. Disponível no CD Momento Espírita, v. 11, ed. Fep.
Som de Fundo:"Alma"
Colabore com a Melhoria da Humanidade:Imprima cópias e distribua para pessoas que não tem acesso a computador e internet.Clique aqui para imprimir.

domingo, 26 de julho de 2009

Agosto, mês dos Pais


Pai é Pai !

Pode ser novo, pode ser velho

Pode ser branco, negro ou amarelo
Pode ser rico ou pobre

Pode ser solteiro, casado, viúvo ou divorciado
Pode ser feliz ou infeliz

Pode estar aqui ou já ter ido embora

Pode ter tido filhos ou adotado-os
Pode ter casa ou morar na rua

Pode usar terno ou tanga

Pode ser Deus ou humano

Pode estar trabalhando ou desempregado

Pode ser tanta coisa ou simplesmente PAI
Mas todos, sem faltar um sequer fazem parte da criação.

Que não só hoje, mas em todos os dias desta vida possa ser lembrado como aquele que muitas vezes não dormiu muitas vezes ficou pensando na comida para levar para casa

Muitas vezes engoliu sapos

Muitas vezes chorou escondido

Muitas vezes gargalhou

Muitas vezes perdeu a hora

Mas nunca deixou de pensar na coisa mais importante da sua vida NÓS!!!!
Autor Desconhecido

sábado, 25 de julho de 2009

Atividades da Educação Infantil


Atividade Inicial Pré II

Observar objetos e falar sobre o seu formato
Material utilizado:
Bola de tênis;
Quadrado (pode ser estojo de brincadeiras);
Bastão;
Massa de modelar;

Atividade II
Entregar para cada criança um desenho e pedir para colarem bolinhas de crepom, casca de ovo colorida, giz de cera e outros materiais previamente combinados;

Atividade III

Obs:
Para iniciar essa atividade, é necessário que tenham o alfabeto, preferencialmente colorido para estudarem e fixarem as letras do alfabeto;
Para as crianças que não sabem escrever, é necessário que a Professora escreva as palavras na lousa, fixando a letra inicial: A


Circule a letra A nas palavras abaixo:

ABELHA

ABAJUR

AMIGO

AMORA

AMAR

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Planejar é preciso


Planejar é preciso


O planejamento é uma das âncoras pelas quais a professora vai nortear o seu fazer;
Inicialmente, não tinha tanta consciência da necessidade do planejamento;
Quando eu assumi a classe do pré iii, não tinha muita consciência do que ia fazer e ali, como apoio, tinha o o livro didático alet II, de marco Antonio hailler;
As teorias educativas estavam frescas na minha cabeça e resolvi adotar projetos como o “projeto corujinha” e utilizar a metodologia de ensino de Paulo freire;

Revisando a prática

Hoje eu não faria isso. Poderia em uma aula experimental, utilizar uma palavra geradora , porém, eu iria utilizar a prática vigente na escola;
O orgulho ferido vai sendo substituindo pelo que é uma ação pedagógica prática;
Uma ação educativa deve, em primeiro lugar, receber uma aprovação da diretora e da coordenadora e dos pais e mães da comunidade escolar;
O objetivo das visitas das estagiárias em sala de aula é justamente estar implantando novidades, só que essas raramente são aceitas.
No livro do proletramento, por exemplo, não vi uma referência sobre a metodologia de freire ou coisas como o “projeto corujinha”;
Utilizar músicas na educação infantil é uma atitude que deve ser pensada, quando, por exemplo, as músicas não forem as tradicionais;
Lembro-me que levei música clássica para a sala de aula e não tinha um projeto para utilizá-la.
Isso foi muito mal, já que foi improdutivo;
Essa improdutividade estava ligada à minha visão adultocêntrica;
As crianças receberam esse tipo de música com uma curiosidade natural e algumas delas pensaram que eu ia ensinar ballet.
Um aspecto positivo desse tipo de música na sala de aula foram momentos de relaxamento e práticas de expressão corporal que essa música proporcionou;
Na apresentação do final de ano, eu vi que não era só eu que era meio “sem noção’;
A música do coral, acompanhada por violão foi “eu não existo longe de você”, de Claudinho e bochecha;
Não ficou muito apropriadom afinal de contas.
Mas é errando que se aprende.

domingo, 19 de julho de 2009

Criança é uma tábula rasa?


A criança como tábula rasa?


Partindo da...”ética que envolve o patrimônio genético da humanidade e do interesse dos pesquisadores sobre células tronco, (Scielo, 2005) “...nos recém- nascidos e em outras crianças maiores, além das observações que faço em crianças em fase de desenvolvimento, pergunto-me se tem razão de ser a teoria da tábula rasa.
Segundo a enciclopédia livre on line , Wikipédia , tábula rasa se refere a um pressuposto epistemológico, fundamentado nas teorias do filósofo inglês John Locke que as pessoas ao nascerem, o fazem sem saber de absolutamente nada, sem impressões nenhumas, sem conhecimento algum.
Dessa maneira, todo o processo do conhecer, do saber e do agir é aprendido pela tentativa e erro.
Tábula rasa seria como se a criatura humana fosse uma página em branco, no momento do seu nascimento.
Essa teoria foi importante, pois deu uma base comum a todas as pessoas , realizando uma ruptura do status quo vigente, que se referia aos membros da aristocracia e da nobreza como superiores aos outros seres humanos.
Duas teorias do conhecimento, tábula rasa de John Locke e o “bom selvagem” de Rosseau, fundamentam, em parte, as políticas governamentais da Educação nessa época contemporânea.
Porém, evidências científicas da influência genética no comportamento humano, tem tornado essas teorias como ultrapassadas.
Steve Pinker, em seu livro, “ Tábula Rasa,A negação contemporânea da Natureza Humana” , ataca essas hipótese de conhecimento, classificando-a como dogmática. Descreve a evolução histórica dessa idéia cujas origens estão nas concepções de Locke, como o já dito, na concepção de Rousseau, que o homem em seu estado primitivo é um bom selvagem
Estabelece como um ideário válido, a teoria da evolução de Darwin, e aposta na seleção das espécies como marco fundamental para a aquisição, o preenchimento ou a continuação do conteúdo inato ou adquirido da mente humana, pelo aspecto biológico.
É assustador, entretanto, pensar que as reações humanas deixam de ser opções pessoais e passam a ser mecanismos destinados a garantir a preservação dos genes.


domingo, 12 de julho de 2009

O mito do amor materno

O mito do amor materno
Comentários

Para definir a sexualidade de uma mulher, exige-se que ela tenha a vocação materna dentro de si.
Mas Elisabeth Badinter desconstruiu tal conceito em seu livro.
Já a partir de Michael Jackson, que proibiu Debbie Rowe de ficar perto de suas crianças, pagando a ela para que se afastasse das mesmas, presume-se uma série de coisas em relação ao amor materno.
Inicialmente, Debbie Rowe declarou que não queria nem ver os filhos. Quando surgiu aquele testamento de Jackson, excluindo Debie Rowe, esta mudou de idéia e disse que iria lutar pela guarda dos filhos com a mãe de Michael.
Imagino que Badinter nem precisava ter escrito esse livro nos dias de hoje. É uma postura ingênua crer que o amor materno é algo inato nas mulheres.
As mulheres têm utilizado a maternidade para obter outros tipos de benesses.
Situando o histórico do mito do amor eterno , podemos ler que o amor materno “...é produto da evolução social desde princípios do século XIX, já que, como o exame dos dados históricos mostra, nos séculos XVII e XVIII o próprio conceito do amor da mãe aos filhos era outro: as crianças eram normalmente entregues, desde tenra idade, às amas, para que as criassem, e só voltavam ao lar depois dos cinco anos. Dessa maneira, como todos os sentimentos humanos, ele varia de acordo com as flutuações sócioeconômicas da história.”...
.

sábado, 11 de julho de 2009

Continuando o assunto sobre a Psicopedagogia

Para a Psicopedagogia contemporânea, o conhecimento não se fragmenta, porém se percebe ser necessário conhecer as partes para juntá-las no todo.
A aplicação de uma visão de mundo obsoleta,vivenciada no coletivo, utilizando o mecanicismo da ciência cartesiana- newtoniana tem gerado crises, desemprego, poluição, que são as faces de uma grande crise de percepção que o mundo apresenta.
Antes de prosseguir nessa análise é necessário resumir o significado do ideário de Decartes e Newton, entendendo o fundamento dessa idéia da crise de percepção.
Descartes, o primeiro pensador moderno

Descartes é considerado o primeiro filósofo moderno. Em suas obras, Discurso sobre o método e meditações, estão as bases da ciência contemporânea.
“ O método cartesiano consiste no Ceticismo Metodológico - que nada tem a ver com a atitude cética: duvida-se de cada idéia que não seja clara e distinta. Ao contrário dos gregos antigos e dos escolásticos, que acreditavam que as coisas existem simplesmente porque precisam existir, ou porque assim deve ser etc., Descartes instituiu a dúvida: só se pode dizer que existe aquilo que puder ser provado, sendo o ato de duvidar indubitável. Baseado nisso, Descartes busca provar a existência do próprio eu (que duvida, portanto, é sujeito de algo - cogito ergo sum, penso logo sou) e de Deus.
Existem, na lógica cartesiana quatro regras básicas:
· verificar se existem evidências reais e indubitáveis acerca do fenômeno ou coisa estudada;
· analisar, ou seja, dividir ao máximo as coisas, em suas unidades mais simples e estudar essas coisas mais simples;
· sintetizar, ou seja, agrupar novamente as unidades estudadas em um todo verdadeiro;
· enumerar todas as conclusões e princípios utilizados, a fim de manter a ordem do pensamento. (Fonte: Wikipedia, a enciclopédia livre) .
Newton
Isaac Newton (Woolsthorpe, 4 de Janeiro de 1643Londres, 31 de Março de 1727)[1] foi um cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático, embora tenha sido também astrônomo, alquimista, filósofo natural e teólogo. Sua obra, Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, é considerada uma das mais influentes em História da ciência. Publicada em 1687, esta obra descreve a lei da gravitação universal e as três leis de Newton, que fundamentaram a mecânica clássica.
Ao demonstrar a consistência que havia entre o sistema por si idealizado e as leis de Kepler do movimento dos planetas, foi o primeiro a demonstrar que o movimento de objetos, tanto na Terra como em outros corpos celestes, são governados pelo mesmo conjunto de leis naturais. O poder unificador e profético de suas leis era centrado na revolução científica, no avanço do heliocentrismo e na difundida noção de que a investigação racional pode revelar o funcionamento mais intrínseco da natureza.
Em uma pesquisa promovida pela renomada instituição Royal Society, Newton foi considerado o cientista que causou maior impacto na história da ciência[2]. De personalidade sóbria, fechada e solitária, para ele, a função da ciência era descobrir leis universais e enunciá-las de forma precisa e racional.(idem).
Segundo o pensamento de Capra,essa percepção distorcida do mundo se deve ao fato de “...Estarmos tentando aplicar os conceitos de uma
visão de mundo obsoleta – uma visão de mundo mecanicista da
ciência cartesiana-newtoniana – a uma realidade que já não pode
mais ser entendida em função desses conceitos. Vivemos hoje num
mundo globalmente interligado, no qual os fenômenos biológicos,
psicológicos, sociais e ambientais são todos interdependentes. (CAPRA,
2001,p.14).
Atualmente, todos os fenômenos do Planeta são considerados como interdependentes. A Psicopedagogia se preocupa em buscar o todo e depois as partes.
Tudo está atuando em todos, todas as partes de um mesmo sistema.

Então a Psicopedagogia nos remete à diversidade, ao olhar amplo, ao ver o todo e não só as partes. Mesmo porque a compreensão aqui tratada depende do ponto de vista, de uma forma de ver tudo em movimento constante e maravilhosamente interligado.
Essa concepção remete ao ato de pensar. Pensar, refletir e produzir. Gerar conhecimento.
Para Marilena Chauí, o mundo é reinventado quando o ser se apodera da primeira vez de um conteúdo, seja ele vindo da Arte, da Ciência e da religião e o reinventa.
Só o fato de se apropriar e entrar em contato, internalizando, acomodando aquele novo construto, já é uma reinvenção.
Tanto é reinventar, quando é desvendar, num processo de desencantamento do mundo. Passa-se do pensamento mágico para o pensamento exato, científico, ainda que envolto em várias vertentes.
Pode-se então, lembrar Leonardo Boff: todo ponto de vista é a vista de um ponto.
O sujeito aprendente é autor do seu pensamento.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Guerra dos Meninos


..."E era algo tão divino, luz em forma de menino que uma canção me ensinou..."


Construindo um sonho


Nana nenê da mamãe


EU AMO VOCÊ

SEJA BEM VINDO

DEUS TE PROTEJA


Presente de Deus

ARTHUR GABRIEL

A Psicopedagogia como Ciência


A psicopedagogia e a linguagem escrita no contexto pós moderno

Professora Patrícia Rodrigues Ruiz

In: Revista da Pós Graduação, UNIFIEO , Centro Universitário,PDF.
Cristiene de Paula Alencar
Márcia Siqueira de Andrade

Em primeiro lugar, não podemos perder de vista que a Psicopedagogia pode ser entendida... “como conhecimento independente e complementar, possuída de objeto de estudo, que trata do processo de aprendizagem e de recursos diagnósticos, corretores e preventivos próprios...”
Inicialmente a Psicopedagogia tratava o assunto das defasagens educacionais como o “não aprender” de um sujeito que não podia aprender. Priorizava a reeducação e sanava as defasagens da aprendizagem.
O objeto de estudo sempre é o sujeito aprendendo.
O trabalho psicopedagógico atual é conceber um processo de aprendizagem que considera como os estímulos do meio interferirão no desenvolvimento biológico do indivíduo concernente com suas disposições afetivas e intelectuais.
Há a ampliação desse contexto que se traduz de uma forma mais extensa compreendendo a aprendizagem como um construto complexo.
Esse construto (processo) está centrado no indivíduo e na sua relação com o mundo, contextualizado socialmente.
A Psicopedagogia, então passa a ser tratada como uma disciplina específica e tem um status científico. Como tal, gera novos campos de conhecimento.
Esse conhecimento é validado no desenvolvimento do pensamento cientifico e torna a Psicopedagogia uma disciplina positivista.
Mas a Psicopedagogia é uma disciplina indisciplinada.
“Nossa disciplina é indisciplinada, como o são o desejo e o saber.Indisciplinada porque conhece a falta, os limites. No reconhecimento da carência está a potência...A Psicopedagogia vai constantemente discutindo seus fundamentos e construindo suas ferramentas.”(p.127,Revista da Pós Graduação).

domingo, 5 de julho de 2009

Os níveis da aquisição da linguagem e da escrita

O processo de construção da escrita
Na fase 1, início dessa construção, as tentativas das crianças dão-se no sentido da reprodução dos traços básicos da escrita com que elas se deparam no cotidiano. O que vale é a intenção, pois, embora o traçado seja semelhante, cada um "lê" em seus rabiscos aquilo que quis escrever. Desta maneira, cada um só pode interpretar a sua própria escrita, e não a dos outros. Nesta fase, a criança elabora a hipótese de que a escrita dos nomes é proporcional ao tamanho do objeto ou ser a que está se referindo.

Na fase 2, a hipótese central é de que para ler coisas diferentes é preciso usar formas diferentes. A criança procura combinar de várias maneiras as poucas formas de letras que é capaz de reproduzir.Nesta fase, ao tentar escrever, a criança respeita duas exigências básicas: a quantidade de letras (nunca inferior a três) e a variedade entre elas, (não podem ser repetidas).

Na fase 3, são feitas tentativas de dar um valor sonoro a cada uma das letras que compõem a palavra. Surge a chamada hipótese silábica, isto é, cada grafia traçada corresponde a uma sílaba pronunciada, podendo ser usadas letras ou outro tipo de grafia. Há, neste momento, um conflito entre a hipótese silábica e a quantidade mínima de letras exigida para que a escrita possa ser lida.A criança, neste nível, trabalhando com a hipótese silábica, precisa usar duas formas gráficas para escrever palavras com duas sílabas, o que vai de encontro às suas idéias iniciais de que são necessários, pelo menos três caracteres. Este conflito a faz caminhar para outra fase.

Na fase 4 ocorre, então a transição da hipótese silábica para a alfabética. O conflito que se estabeleceu - entre uma exigência interna da própria criança ( o número mínimo de grafias ) e a realidade das formas que o meio lhe oferece, faz com que ela procure soluções.Ela, então, começa a perceber que escrever é representar progressivamente as partes sonoras das palavras, ainda que não o faça corretamente.

Na fase 5, finalmente, é atingido o estágio da escrita alfabética, pela compreensão de que a cada um dos caracteres da escrita corresponde valores menores que a sílaba, e que uma palavra, se tiver duas sílabas, exigindo, portanto, dois movimentos para ser pronunciada, necessitará mais do que duas letras para ser escrita e a existência de uma regra produtiva que lhes permite, a partir desses elementos simples, formar a representação de inúmeras sílabas, mesmo aquelas sobre as quais não se tenham exercitado.

O desvendar da aquisição da escrita


in: Centro de Referência Educacional

http//centroderefrenciaeducacional.com.br/html



...Estudante de pedagogia, imberbe, ficava cismando aqueles estudos chatinhos que falavam sobre Emilia Ferreiro e seus estudos sobre a aquisição da linguagem e da escrita na criança e toodos aqueles níveis...

Hoje, mais madura sei que é fundamental estudar tais aquisições.

Como um estudante de ensino fundamental me perguntava: porque eu estou aprendendo isso? ohohoho. Hoje eu sei.


....Emilia Ferreiro, psicóloga e pesquisadora argentina, radicada no México, fez seu doutorado na Universidade de Genebra, sob a orientação de Jean Piaget e, ao contrário de outros grandes pensadores influentes como Piaget, Vygotsky, Montessori, Freire, todos já falecidos, Ferreiro está viva e continua seu trabalho. Nasceu na Argentina em 1937, reside no México, onde trabalha no Departamento de Investigações Educativas (DIE) do Centro de Investigações e Estudos avançados do Instituto Politécnico Nacional do México.
Fez seu doutorado sob a orientação de Piaget – na Universidade de Genebra, no final dos anos 60, dentro da linha de pesquisa inaugurada por Hermine Sinclair, que Piaget chamou de psicolingüística genética. Voltou em 1971, à Universidade de Buenos Aires, onde constituiu um grupo de pesquisa sobre alfabetização do qual faziam parte Ana Teberosky, Alicia Lenzi, Suzana Fernandez, Ana Maria Kaufman e Lílian Tolchinsk...


quinta-feira, 25 de junho de 2009

Chomsky

Chomsky

Segundo Pinker (2002, p.14), "no século 20, a tese mais famosa de que a linguagem é como um instinto foi elaborado por Noam Chomsky, o primeiro lingüista a revelar a complexidade do sistema e talvez o maior responsável pela moderna revolução na ciência cognitiva e na ciência da linguagem." Antes, as ciências sociais eram dominadas pelo behaviorismo, a escola de Watson e Skinner, que não estudavam os processos mentais e rejeitavam a existência de idéias inatas.

Chomsky chamou atenção para dois fatos fundamentais sobre a linguagem. Em primeiro lugar, cada frase dita ou ouvida é uma nova combinação de palavras, que aparece pela primeira vez na história do universo. Por isso, uma língua não pode ser um repertório de respostas, o cérebro deve conter alguma receita ou programa que consiga construir um número infinito de frases a partir de uma lista finita de palavras. A esse programa damos o nome de Gramática Universal (GU).

Segundo Chomsky (1959,1987 in STENBERG, 2000), um cientista marciano observando crianças numa comunidade de linguagem única concluiria que a linguagem é quase completamente inata. Isso nós leva ao segundo fato observado por Chomsky, o ritmo que as crianças adquirem palavras e gramática sem serem ensinadas é extraordinariamente rápido para ser explicado apenas pelos princípios da aprendizagem, o que ele chama de "pobreza de estímulo". As crianças criam tipos diferentes de frases, que nunca ouviram antes, e por isso mesmo não podem estar imitando. Além disso, muitos dos erros cometidos por crianças pequenas resultam do excesso de generalização (superextensão) das regras gramaticais lógicas.

Para resolver esse problema, Chomsky (1957, 1965 in SCARPA, 2000, p.209) postula "a existência de uma série de regras gramaticais, mais um procedimento de avaliação e descoberta, presentes no Dispositivo de Aquisição de Linguagem (LAD); ao confrontá-la com o input, a criança escolhe as regras que supostamente variam parte de sua língua."

Num segundo momento, Chomsky introduziu a chamada Teoria de Princípio e Parâmetros, onde ele retoma o problema da "pobreza dos estímulos" com uma atitude platonista ante a linguagem. Chomsky transfere o problema de Platão (como é que o ser humano pode saber tanto diante de evidências tão passageiras, enganosas e fragmentárias?) para a linguagem. Desse modo, vincula a linguagem aos mecanismos inatos da espécie humana; surge a idéia dos universais lingüísticos. De acordo com essa visão, o homem vem equipado, no estágio inicial, com uma Gramática Universal (GU), dotada de princípios universais pertencentes à faculdade da linguagem e de parâmetros não-marcados que adquirem seu valor no contacto com a língua materna. Alguns dos parâmetros que têm sido estudados são: se a língua aceita sujeito nulo ou preenchido, se o objeto é nulo ou preenchido, o tipo de flexão ou estrutura do verbo etc. (SCARPA, 2000)

Dessa forma, Chomsky (1980 in WOOD, 1996) nos conduz à concepção da capacidade de aquisição da linguagem quase como um "órgão mental". "Os sons de fala que estimulam os nervos auditivos são 'processados' naturalmente de modo a revelar (a acerta altura) as regras pelas quais aquela fala se estrutura." (WOOD, 1996, p. 165) Assim, apesar das várias línguas serem aparentemente diferentes quanto a sintaxe e a fonética, Chomsky acredita que todas sigam certas propriedades universais, para cuja produção e aquisição desenvolveu-se evolutivamente num sistema congênito (DAL).

Uma outra decorrência do inatismo lingüístico é a modularidade cognitiva da aquisição da linguagem. Dessa forma, a relação entre a língua e outros sistemas cognitivos como a percepção, a memória e a inteligência, é indireta, ou seja, a aquisição da linguagem não depende dele e nem de nenhuma interação social.

Desenvolvimento da linguagem na criança


Abordagens teóricas

Skinner

Skinner é o mais famoso psicólogo defensor da hipótese behaviorista. Um dos seus principais preceitos, e de seus seguidores, é que o aprendizado se dá através de um processo denominado condicionamento operante. As mudanças no comportamento voluntário são resultados de eventos que seguem esse comportamento. Por um lado, existem eventos que estimulam a recorrência do comportamento que são chamados de reforço, por outro lado existem eventos que fazem o contrário, diminuem a probabilidade de recorrência, chamados de punição.

Um bom exemplo é dado por Sharon James em "Normal Language Aquisition" (1990 in HINZ, 1999). Uma criança fala mama e sua mãe feliz em escutar aquilo, pega-a no colo, dando muitos beijos e abraços. Essa atitude é agradável para criança e aumenta a probabilidade dela repetir a fala. Isso é o que chamamos de reforço. Por outro lado, se a criança diz mama quando sua mãe não está por perto, ele não obterá nenhuma resposta da mãe e compreenderá que mama refere-se a apenas aquela pessoa em específico. Desse modo, aprende a se comportar dessa forma na presença de um estímulo particular (a mãe), fazendo a associação do referente (mãe) com o padrão de sons (mama).

Mas não são apenas os padrões de estímulo que chamam a atenção dos behavioristas. A imitação também exerce uma função importante na aquisição de linguagem pela criança. O padrão de imitação segue um princípio fixo: o adulto fala uma palavra, a criança imita essa produção e o adulto recompensa a criança por essa repetição, mesmo que ela não seja fiel ao que foi dito inicialmente. Com o passar do tempo, a criança passa a falar mais parecido com o adulto, aprendendo como combinar as palavras da mesma maneira que aprendeu a reproduzi-las, através de imitação e posterior aproximação ao modelo adulto.

A crítica a essa visão é que os behavioristas tendem a enfatizar a influência do meio e ver a criança com um receptor passivo da linguagem, desprezando o seu papel no processo de aprendizagem. Não explicam o fato das crianças produzirem construções que nunca foram ouvidas por elas anteriormente, assim como o fato da aquisição dos padrões gramaticais, já que as construções agramaticais nem sempre são corrigidas pelos pais e as gramaticais elogiadas, não podendo, assim, serem explicadas pelo reforço paterno.


...E ASSIM, EM HOMENAGEM AOS ARTHUR GABRIEL QUE TEM 1 MÊS E MEIO DE VIDA NASCE ESSE BLOG AONDE A MAMÃE DELE VAI PESQUISAR E FAZER UMA BOA LISTA DE LEITURA SOBRE A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM NA CRIANÇA..."