Andradiano ou reescrita
Ode ao burguês
Odeio ao burguês
O burguês níquel
O burguês micho
A digestão versus a inanição
As nádegas suadas do homem nádegas
Contra as nádegas secas do homem pobre;
O cauteloso pouco a pouco
Que inspira cuidados e diz 33
Que faz plástica e esquece que vai morrer;
Enquanto pobres bebês plásticos
No lixo do caminhão
São despejados das favelas
Eu insulto os coronelismos bigodudos
Que vivem nas suas fortalezas
Gastando o dinheiro do povo
E das criancinhas
Com suas viagens ao Exterior
Charutos, caviar e lagosta
Enquanto restos de gente
Procuram restos de comida
Nas latas de lixo
Enquanto as filhas das senhoras
Aprendem o francês
E os pobres bebês de plástico
Nem podem aprender a falar
Pois morrem antes de nascer
Eu insulto o burguês fedido
Que disfarça o seu futum com perfume
Para esconder sua real podridão
Ode ao burguês
E para justificar os gêneros
Ode as burguesas
Ou odeio as burguesas
Odiaria
Se não fossem mulheres....
Ser mulher já é carma!
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