Ana Maria Furtado, professora doutora da Metodologia de
Gestão de Sistemas de Ensino da ESAB, conceitua que a admissão de professores,
que nem sempre ocorre pela vontade do Diretor e da Diretora, é um
processo/procedimento que deve responder as seguintes perguntas:
O que vamos dizer aos candidatos que somos? O
que precisamos desse professor? O que esperamos dele? Por que e para que
precisamos desse professor? O que oferecemos aos professores? Quais as
características que ele deve ter para suprir as carências da escola? Que tipo
de professor esta escola é capaz de atrair? Por que ela atrai esse e não outro
tipo de professores? Que podemos dizer às escolas de formação ao
entrevistar jovens egressos das escolas de preparação de professores? O que
aprendemos sobre as outras escolas ao entrevistar professores com outras
experiências?
È válido lembrar que as atribuições
geralmente são situações tensas e que existem variantes que não podemos
controlar.
Recentemente, num Conselho de Série, ao
consultar as notas do rendimento e da caderneta a Gestão encontrou
discrepâncias entre algumas notas atribuídas.
Mortificada, quando todos foram embora,alguns
rindo de mim, fiquei lá, conferindo nota por nota com integrantes da gestão da
Escola onde trabalho.
Não me senti culpada, pois sei da imensa responsabilidade
e da seriedade que envolve a minha prática.
Já é a segunda vez que isso me acontece.
Angustiada, procurei respostas que não
vieram.
Ontem, ao fazer exame de vista para trocar de
categoria da CNH, constatei que apesar de ter 0,8% de visão no olho esquerdo
que é o mínimo, na visão direita eu não consegui enxergar as letrinhas, mesmo
com o uso de óculos.
Conclusão: consulta com oftalmologista.
Também, faz cinco anos que visitei o oftalmo
.
Por um lado, fiquei muito aborrecida, pois
consultas a oftalmologista significa mais gastos, tanto da consulta em si,
quanto da troca de óculos.
Por outro lado, justificou-se a situação
vexatória na Escola.
Problemas de saúde são recorrentes entre
professores e professoras, alguns dos quais não admitem que estão doentes.
Não me demoro para resolver situações que
mexem com a minha saúde.
Mas coisas do cotidiano dão a medida exata
daquilo que aflige os profissionais da Educação.
Os rudimentos capitalistas que engessam a
educação tem me preocupado muito.
Aluno agora é cliente, escola se comporta
como empresa.
Vídeos motivacionais encenados por porcos
capitalistas tem acesso a reuniões de professores e alguma Diretora age como se
fosse um patrão chauvinista, possuída pelo demônio Justus, do “Está demitido”.
Procuram-se professores, que não apenas se contentem em trabalhar em duas escolas
pagando transporte, seja ele público ou particular, varrendo a sala de aula
para que os agentes da limpeza não encontrem uma sala bagunçada, sem almoço ou
café, sem direito até de comer a merenda, possam ter PERFIL.
E O QUE É PERFIL?
Perfil,segundo a eminente Doutora, é o
contratante antes de tudo perguntar ao candidato:
Qual a sua missão? Qual a visão que tem de si mesmo? Quais os
valores que a escola preza e pratica para manter-se no rumo correto?Será que o
novo professor compartilha essa visão, esses valores?
Com essas perguntas, delinear-se o perfil
adequado do Professor, que passarão a adequar as suas maneiras de ser ,agir e
estar de acordo com as EXIGÊNCIAS DA GESTÃO.
Fazendo dessa forma, segundo a Professora,a
Gestão e a escola irá conhecer-se melhor e se dá a conhecer a novos
colaboradores. Esta é uma tarefa importante da liderança do diretor. Se bem
exercitada contribui para manter o alinhamento da equipe da escola em torno de
seus objetivos.
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