MUDANÇA DE PARADIGMAS
Apreender um conceito científico, estruturado por um
intelectual erudito, para quem opera no senso comum é muito difícil.
Mas logo compreendi, de forma superficial, o que
Boaventura de Souza Santos queria dizer no que ele resumiu “conhecimento
prudente para uma vida decente” e todas as questões referentes ao Paradigma
emergente que é quase, a meu ver, como um organismo vivo e ativo.
A perversidade do sistema educativo que traz uma
fachada de boa evolução no fundo traz a estagnação da Identidade cristalizada,
a desigualdade social incrustada no seu bojo.
Nesse Módulo da ESAB, ” A Gestão da Educação Básica”,
coordenado pelo Profº DrºCassiano Noimann Leal,verifiquei que as leis que regulamentam a educação e a
situação vexatória do funil social,com a intimidação docente,e o mal estar, são
aquelas que para quem não tem senso crítico, parecem ser as ideais.
Para o autor, parece que o Governo prioriza a Educação,
investe na compra de material escolar e tecnológico, mas deixa os salários e a
formação continuada dos professores em último plano.
Tenho uma crítica a esse respeito: o salário dos
professores não justifica o tempo da formação e nem o investimento que o
profissional faz para continuar trabalhando.
Mas é um salário que se não é compatível com a
função, é melhor do que um agricultor que trabalha de sol a sol para produzir o
alimento de todos: o docente, o discente e o que coordena.
Professor consciente das lacunas da sua formação
procura a capacitação necessária nem que tenha que pagar por ela.
Assim como eu não gosto que considerem as domésticas
umas coitadas, não gosto dessa pecha que se prende ao meu ofício: o professor e
a professora não são coitadinhos, são no muito, alienados e alienadas que,
imersos no ranço do escravismo: “trabalhador é coitadinho”, quem está por cima
da carne seca é quem pode viver no ideal do ócio e chutar alguns traseiros: “manda
quem pode, obedece quem tem juízo”.
Então o governo não está aí para facilitar a nossa
vida,mas nem tudo é culpa do governo, isso é coisa de gente sem cultura;
Vamos sair da alienação e lutar para que a igualdade
na Educação ocorra.