sábado, 26 de setembro de 2009

A Educação, um caminho possível


BOM DIA

Um bom dia hoje é para Alberto Bruschi, coordenador regional da APEOESP de Presidente Prudente, que foi meu colega no curso “Psicologia da Moralidade”, ministrado pela Profª Drª Maria Suzana Steffano Menin, da UNESP de Presidente Prudente, pela sua sensibilidade, companheirismo e espírito de liderança.


O TRABALHO INFANTIL
SEM OPÇÃO POSSÍVEL





A secretária da Educação de Assis, Ângela Canassa tem tido ótimas idéias para a inserção de crianças no quadro educativo, sem abandono ou evasão.
A Escola Beija-Flor tem sido uma boa proposta para os educandos que apresentam perfil para ingresso nesses quadros.
Mas é preciso fazer mais: deve-se ter a idéias de criar políticas públicas aliadas ao fazer educativo que possibilite as crianças das classes desfavorecidas o acolhimento e a permanência nos quadros educativos e fazê-los pensar a escola como preparação para a vida.
Uma vida digna e justa, como todos querem e merecem ter.
A sensibilidade da Secretária a permite ver, além de crianças com déficit de aprendizagem, as crianças que são super dotadas.
Pensa em criar um espaço para elas: O Projeto Jovem cientista que deve estar em processo de construção.
Um de seus projetos é criar uma escola que esteja atinente com a poesia que ela pediu para publicar no Jornal Voz da Terra, na época de sua posse.
O poema de João Cabral de Melo Neto, “Tecendo a manhã”.
“... Para que a manhã, desde uma teia tênue, se vá tecendo, entre todos...”
Tênue é o esforço do professor em ensinar verdadeiramente aqueles a quem a inculcação ideológica tem tirado o amor próprio e a auto-estima pelo ter e não o ser, nublando a sua alma.
O Pensamento e o sentimento evocado nessa poesia de Cabral de Melo Neto têm direcionado as ações de Ângela.
Ela tem feito um bom trabalho.
Tênue é a vida, tênue é a nossa fragilidade como seres humanos que hoje estamos aqui e amanhã poderemos ter passado como a névoa e a neblina.
Mas é dessa fraqueza que se tira a força para sermos mais e melhores.
Porque falar tanto da Ângela?
Porque ela tem uma importante e fundamental missão. Ela pode fazer a diferença na educação de Assis, usando uma frase feita: fazer a diferença.
Secretários anteriores, como o Professor Rubens Cruz, cuja preocupação era capacitar os professores e oferecer uma educação de qualidade, deixaram sua marca e sua contribuição.
De outros secretários eu não posso falar, já que eu sou nova na Rede.
Mas eu nunca vi dedicação a educação como a Secretaria Municipal de Assis.
No entanto, apesar da minha alegria e da minha compreensão para uma educação de qualidade sou criticada e às vezes, rejeitada.
Isso não é problema para mim, pois eu acredito nos meus ideais.
Existe a Angélica que pensa não existir outro mundo além daquele ao qual está acostumada.
Mas existe e este se contorce em dores e é problema de todos nós.
Existe o Guazzeli que fala em seu programa sobre coisas amenas, não querendo enfatizar a dor do mundo.
Existem muitas pessoas de bom coração e sensibilidade, mas que querem dar educação para os incluídos e não para os excluídos.
E é com os excluídos que devemos nos preocupar.
Pensar inclusive, em não excluir aqueles que se preocupam com os excluídos, tentando excluir essa pessoa como disse a minha irmã, “angustiante e angustiada’.
Ou seja, me excluir, inventando coisas que não me pertencem.
“Isso não me pertence mais, nê.”
As crianças pobres, sem a educação proporcionada pelas escolas não tem opção.
Não tem opção possível.
E é pelo caminho da Educação, que eu, outrora “vítima” do trabalho infantil, quero alicerçar as minhas bases.
Na lavoura, desde os sete anos de idade, tenho observado o mundo.
O que vitima a criança trabalhadora não é o esforço do labor.
È a ignorância dos que fazem a educação e a política, tentando reduzir as criaturas e as almas a subseres e a sub almas.
Para que nessa teia da vida, verdadeiras aranhas canibalistas, só elas apareçam para o banquete, a festa da vida.
O trabalho na lavoura em certa medida, edificou a minha alma.
Ensinou-me a dar valor a cada toquinho de lápis e a cada folha de papel.
Mas se existem outros caminhos para as crianças de hoje, porque não mostrar?
Criem uma educação inclusiva e oficinas que ofereçam cursos úteis para os jovens aprendizes.
Inclusive, plantar uma horta. Mexer com a terra faz bem.
Trabalho direcionado não mata ninguém, cura e edifica.

2 comentários:

  1. Legal mesmo este seu texto. Gostaria de poder um dia me deparar com ele em algum jornal

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  2. A força para isso vem da leitura do meu blog. Uma aspirante a escritora sendo lida por pessoas que trabalha em escola. Continue contribuindo, de vez em quando, muito obrigada.

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