A
Escola é a cara da Diretoria
Lei Nº 4.698, de 17 de setembro de 1985
Dá a denominação de "Prof.ª Anna Antonio" à Escola Estadual de 1º Grau (Agrupada) do km 7, no Bairro Montalvão, em Presidente Prudente
O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO: Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:
Artigo 1º – Passa a denominar - se "Prof.ª Anna Antonio" a Escola Estadual de 1.º Grau (Agrupada) do km 7, no Bairro Montalvão, em Presidente Prudente.
Artigo 2º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Palácio dos Bandeirantes, 17 de setembro de 1985.
FRANCO MONTORO
Paulo Renato Costa Souza
Secretário da Educação
Luiz Carlos Bresser Pereira
Secretário do Governo
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 17 de setembro de 1985.
Quando você entra em uma Escola, pelo clima que reina entre
os funcionários você já diagnostica o diretor ou a Diretora.
A escola é a cara de quem dirige.
As escolas eficazes mantêm um ritmo de trabalho eficaz. Não
existe a Pedagogia do fracasso: “Os alunos são pobres e mal amados, por isso
não aprendem”.
Existe a Pedagogia do Sucesso: extrair do educando o que ele
tem de melhor: transformar a pedra bruta em diamante.
Vou falar um pouco sobre a Escola Agrupada do Km 7 de
Montalvão, cuja Diretora foi a Neide e a professora da 1ª série era a Meire.
Foi a escola que eu aprendi os meus primeiros passos.
Era uma escolinha rural, onde as professoras não cozinhavam,
pois tinha a merendeira, a Dona Selma.
Mas a Diretora e a professora não olhavam para as crianças
como se fossem marginais.
Elas o olhavam como seres humanos em pleno potencial de
aprendizagem.
Utilizavam as hipóteses deles e delas para construir um
Currículo que respeitassem a forte cultura religiosa que emanava da Comunidade
rural.
Convidaram a filha de um sitiante influente a ministrar
aulas de Catecismo aos sábados para as crianças da Zona rural.
Foi lá que nasceu a minha vontade de me tornar o que hoje
sou.
Foram muitos caminhos.
Eu,filha de um lavrador, tinha receio da minha origem, pois
os meus colegas eram filhos de lavradores,mas eram donos da terra que os pais
trabalhavam.
Meu pai era apenas um “colono”, como o japonesinho o
chamava.
(Meu avô paterno vendera as suas terras para mandar os
filhos tentarem a sorte em São Paulo e quando papai voltou, com esposa e
filhos, foi trabalhar no sítio dos que eram vizinhos do meu vô Dito.)
Mas a catequista, muito sensível, nos ensinou essa música e
a letra que fala de “um cabo de enxada ensinando a ser doutor”, me encheu de
orgulho de meu pai.
É como um compromisso firmado naquela aula de Catecismo.
Mestrado, Doutorado, cabo de enxada.
Essas coisas estão... “imbricadas” dentro de mim.
Como o primeiro lápis que meu pai me deu, o primeiro
caderno.
Lembro-me dessa música que a catequista nos ensinava que em
meio a minha modéstia, desenvolveu o meu gosto pela aprendizagem e pelas
canções.
Foi a sensibilidade da Diretora que a escolheu.
Foram esses atos que modificaram minha vida. Alterou o meu
destino (Lewis, 2012) para sempre;
Essas memórias singelas me revelam que eu sempre soube
identificar o que é uma boa escola.
A autonomia pedagógica da escola eficaz
também caracteriza uma elevada ambição: a escola não se contenta com objetivos
genéricos, medíocres. Ela estabelece altos padrões de desempenho e se
compromete a obtê-los.
Numa Escola eficaz, todos os funcionários são escolhidos por
critérios de competência.Utilizam de estratégias diferenciadas se aquelas que
vem utilizando não estão resolvendo as questões emergentes.
Não é uma escola estagnada.
O apoio da Comunidade escolar não é “coisa para inglês ver”.
Acontece e é parte integrante do fazer pedagógico e da construção da Escola como
um todo.