domingo, 25 de abril de 2010

Caixa de brinquedos e caixa de ferramentas


Caixa de brinquedos e caixa de ferramentas




Uma idéia de Santo Agostinho, adotada por Rubem Alves, citada por Chalita.E eu, que sou da era da reciclagem, creio que se recicla tudo e tudo pode ser aproveitado.

Uma lata de leite em pó, revestida com papel alumínio transformou-se na morada temporária do Ovo da Páscoa.

Fiz apenas um coelhinho de EVA para aprimorar e a lata ficou como corpo do coelho.

Como espírito de porco sei que o que não pode ser reciclado, o Viagra ajuda. É bem tosco esse pensamento, mas eu penso que as ferramentas da caixa de brinquedos se misturam com as ferramentas da caixa de ferramentas.

A vida não é guardada em gavetinhas.

Reciclagem meio estranha é o silicone nos seios da mulherada. Acho que academia e o fluido para seios da Natura funcionaria melhor. Mais um dia tudo cairá. È a lei da gravidade. Penso que os homens, no calor da hora, não querem saber se estão caídos ou não. Eles querem o prazer.

Eu não concebo as coisas como úteis e necessárias se elas não tiverem revestidas pelo prazer.

O que eu faria com uma caneta Bic sem tinta? Eu tiraria a tampinha dela e iria para o quintal soprar bolhas de sabão com os meus bebês.

Essas idéias de inutilizar as pessoas porque ficaram velhas é um pensamento meio nazista.

O que não é nazista?

Na ordem do amor, segundo Rubem Alves, as coisas não são úteis. Ledo engano;

O mundo só não foi destruído por causa do Amor.

E foi por amor que nós, vermezinhos de Jacó,não fomos cortados da Árvore da Vida.

Um poderzinho faz a cabeça.

Paradoxalmente, enxergo os elementos sob essa perspectiva.

E deixa eu ficar quietinha, senão arrumo mais encrenca.



“ E foi precisamente isso que disse Santo Agostinho. As coisas da caixa de ferramentas, do poder, são meios de vida, necessários para a sobrevivência. (Saúde é uma das coisas que moram na caixa de ferramentas. Saúde é poder. Mas há muitas pessoas que gozam perfeita saúde física e, a despeito disso, se matam de tédio.) As ferramentas não nos dão razões para viver. Elas só servem como chaves para abrir a caixa dos brinquedos”.

Útil mesmo para mim é o prazer. Um amor que deixa de ser prazeroso e se torna obrigação é descartado.

Pois o não amar nasce aos poucos, se as pessoas que amamos não nos medem com a mesma medida de prazer que nós proporcionaríamos se estivéssemos no lugar delas.

Por isso que as crianças que não sabem a utilidade da educação caem fora logo.

A Educação, sem o prazer, sem a fruição, se torna um fardo.

Nessa leitura, o prazer encontra a sua utilidade.

E as peças da caixa de ferramentas se encontram com as peças das caixas de brinquedo.

domingo, 18 de abril de 2010

Historiografia feminina



Mexo, remexo na inquisição



Só quem já morreu na fogueira sabe o que é ser carvão


Eu sou pau pra toda obra, Deus dá asas à minha cobra


Minha força não é bruta, não sou freira nem sou puta


Porque nem toda feiticeira é corcunda, nem toda brasileira é


bunda


Meu peito não é de silicone, sou mais macho que muito homem (...)


Sou rainha do meu tanque, sou Pagu3 indignada no palanque


Fama de porra-louca, tudo bem, minha mãe é Maria ninguém


Não sou atriz, modelo, dançarina


Meu buraco é mais em cima (...).

Pagu, Rita Lee e Zélia Duncan-
 
      A Pesquisa da Fundação Carlos Chagas sobre a historiografia feminina no campo do trabalho  nos traz  contribuições importantes  e nos remetem a questões históricas sobre a discriminação feminina no mercado de trabalho como a precariedade dos serviços e remuneração.
Esses são marcadores importantes que absorvem como referenciais nesse belo trabalho realizado pelos Cadernos de Pesquisa, v. 137, n. 132.
Existe também , nesse volume, a apropriada conotação da maternidade como problematizador das relações trabalhistas que as mulheres exercem no Mercado.
Entretanto, a m[idia a serviço de uma possível alienação sobre a figira feminina, apregoa que as mulheres conquistaram um espaço no mercado de trabalho que as possibilita a participar de igual para igual o espaço da selva de pedra.
Houveram mudanças várias, mas cabe a nós pais e educadores, fundamentar a inserção social da mulher no mercado de trabalho, desfazendo as identidades cristalizadas e rompendo  com modelos  arcaicos e ultrapassados empenhados na transformação das identidades femininas e masculinas para que construamos um conjunto harmônico que possibilite uma sociedade justa, firmada em valores universais.
 

sexta-feira, 16 de abril de 2010

A Flor da Honestidade

A flor da Honestidade




Li uma história na sala de aula, versando sobre Honestidade, em conformidade com a Educação para a Paz, iniciativa da Pastoral da Educação, aliada a Secretaria da Educação.

Nessa história fala-se um jovem príncipe chinês, no intento de casar-se, fez uma festa com as mulheres mais belas do reino, dando a elas um vaso com uma semente.

Entre essas mulheres estava uma jovem pobrezinha, filha da criada do Palácio, que amava profundamente o príncipe, mas que queria estar na festa somente para ficar perto do príncipe a quem amava profundamente, sabedora de que não teria a menor chance.

Ela também recebeu o vaso e esperou seis meses para que a flor crescesse, pois o príncipe iria se casar com a moça cuja semente gerasse a flor mais bela.

No dia da entrega dos vasos de flores, todas as outras moças chegaram com os seus vasos, com as flores mais lindas do mundo.

A pobre moça chegou com o vaso vazio. Apesar dos cuidados, nada havia germinado.

O príncipe a escolheu, pois revelou que naqueles vasos não havia nenhuma semente. E que as plantas dos outros vasos eram de sementes que as mulheres colocaram.

Essa história tem tudo a ver com a cultura chinesa que acredita no cultivo de todas as coisas.

Por uma coincidência, uma aluninha trouxe um vaso com uma florzinha amarela e me entregou.

È tão honesto esse proceder quanto o amor mútuo que eu dedico a educação dos meus infantes.

Deus se revela e nos revela momentos especiais.