domingo, 25 de abril de 2010

Caixa de brinquedos e caixa de ferramentas


Caixa de brinquedos e caixa de ferramentas




Uma idéia de Santo Agostinho, adotada por Rubem Alves, citada por Chalita.E eu, que sou da era da reciclagem, creio que se recicla tudo e tudo pode ser aproveitado.

Uma lata de leite em pó, revestida com papel alumínio transformou-se na morada temporária do Ovo da Páscoa.

Fiz apenas um coelhinho de EVA para aprimorar e a lata ficou como corpo do coelho.

Como espírito de porco sei que o que não pode ser reciclado, o Viagra ajuda. É bem tosco esse pensamento, mas eu penso que as ferramentas da caixa de brinquedos se misturam com as ferramentas da caixa de ferramentas.

A vida não é guardada em gavetinhas.

Reciclagem meio estranha é o silicone nos seios da mulherada. Acho que academia e o fluido para seios da Natura funcionaria melhor. Mais um dia tudo cairá. È a lei da gravidade. Penso que os homens, no calor da hora, não querem saber se estão caídos ou não. Eles querem o prazer.

Eu não concebo as coisas como úteis e necessárias se elas não tiverem revestidas pelo prazer.

O que eu faria com uma caneta Bic sem tinta? Eu tiraria a tampinha dela e iria para o quintal soprar bolhas de sabão com os meus bebês.

Essas idéias de inutilizar as pessoas porque ficaram velhas é um pensamento meio nazista.

O que não é nazista?

Na ordem do amor, segundo Rubem Alves, as coisas não são úteis. Ledo engano;

O mundo só não foi destruído por causa do Amor.

E foi por amor que nós, vermezinhos de Jacó,não fomos cortados da Árvore da Vida.

Um poderzinho faz a cabeça.

Paradoxalmente, enxergo os elementos sob essa perspectiva.

E deixa eu ficar quietinha, senão arrumo mais encrenca.



“ E foi precisamente isso que disse Santo Agostinho. As coisas da caixa de ferramentas, do poder, são meios de vida, necessários para a sobrevivência. (Saúde é uma das coisas que moram na caixa de ferramentas. Saúde é poder. Mas há muitas pessoas que gozam perfeita saúde física e, a despeito disso, se matam de tédio.) As ferramentas não nos dão razões para viver. Elas só servem como chaves para abrir a caixa dos brinquedos”.

Útil mesmo para mim é o prazer. Um amor que deixa de ser prazeroso e se torna obrigação é descartado.

Pois o não amar nasce aos poucos, se as pessoas que amamos não nos medem com a mesma medida de prazer que nós proporcionaríamos se estivéssemos no lugar delas.

Por isso que as crianças que não sabem a utilidade da educação caem fora logo.

A Educação, sem o prazer, sem a fruição, se torna um fardo.

Nessa leitura, o prazer encontra a sua utilidade.

E as peças da caixa de ferramentas se encontram com as peças das caixas de brinquedo.

domingo, 18 de abril de 2010

Historiografia feminina



Mexo, remexo na inquisição



Só quem já morreu na fogueira sabe o que é ser carvão


Eu sou pau pra toda obra, Deus dá asas à minha cobra


Minha força não é bruta, não sou freira nem sou puta


Porque nem toda feiticeira é corcunda, nem toda brasileira é


bunda


Meu peito não é de silicone, sou mais macho que muito homem (...)


Sou rainha do meu tanque, sou Pagu3 indignada no palanque


Fama de porra-louca, tudo bem, minha mãe é Maria ninguém


Não sou atriz, modelo, dançarina


Meu buraco é mais em cima (...).

Pagu, Rita Lee e Zélia Duncan-
 
      A Pesquisa da Fundação Carlos Chagas sobre a historiografia feminina no campo do trabalho  nos traz  contribuições importantes  e nos remetem a questões históricas sobre a discriminação feminina no mercado de trabalho como a precariedade dos serviços e remuneração.
Esses são marcadores importantes que absorvem como referenciais nesse belo trabalho realizado pelos Cadernos de Pesquisa, v. 137, n. 132.
Existe também , nesse volume, a apropriada conotação da maternidade como problematizador das relações trabalhistas que as mulheres exercem no Mercado.
Entretanto, a m[idia a serviço de uma possível alienação sobre a figira feminina, apregoa que as mulheres conquistaram um espaço no mercado de trabalho que as possibilita a participar de igual para igual o espaço da selva de pedra.
Houveram mudanças várias, mas cabe a nós pais e educadores, fundamentar a inserção social da mulher no mercado de trabalho, desfazendo as identidades cristalizadas e rompendo  com modelos  arcaicos e ultrapassados empenhados na transformação das identidades femininas e masculinas para que construamos um conjunto harmônico que possibilite uma sociedade justa, firmada em valores universais.
 

sexta-feira, 16 de abril de 2010

A Flor da Honestidade

A flor da Honestidade




Li uma história na sala de aula, versando sobre Honestidade, em conformidade com a Educação para a Paz, iniciativa da Pastoral da Educação, aliada a Secretaria da Educação.

Nessa história fala-se um jovem príncipe chinês, no intento de casar-se, fez uma festa com as mulheres mais belas do reino, dando a elas um vaso com uma semente.

Entre essas mulheres estava uma jovem pobrezinha, filha da criada do Palácio, que amava profundamente o príncipe, mas que queria estar na festa somente para ficar perto do príncipe a quem amava profundamente, sabedora de que não teria a menor chance.

Ela também recebeu o vaso e esperou seis meses para que a flor crescesse, pois o príncipe iria se casar com a moça cuja semente gerasse a flor mais bela.

No dia da entrega dos vasos de flores, todas as outras moças chegaram com os seus vasos, com as flores mais lindas do mundo.

A pobre moça chegou com o vaso vazio. Apesar dos cuidados, nada havia germinado.

O príncipe a escolheu, pois revelou que naqueles vasos não havia nenhuma semente. E que as plantas dos outros vasos eram de sementes que as mulheres colocaram.

Essa história tem tudo a ver com a cultura chinesa que acredita no cultivo de todas as coisas.

Por uma coincidência, uma aluninha trouxe um vaso com uma florzinha amarela e me entregou.

È tão honesto esse proceder quanto o amor mútuo que eu dedico a educação dos meus infantes.

Deus se revela e nos revela momentos especiais.







domingo, 28 de março de 2010

Palestra de Gabriel- Algumas reflexões

Palestra de Gabriel Chalita




...Sobre as habilidades do sujeito




...As habilidades do sujeito evidenciam-se no momento em que está aprendendo. Cabe ao professor aflorar essas habilidades e desenvolvê-las do modo certo.

Se não souber como fazer pode até inibir o aflorar dessas habilidades.

Em sua palestra, no Clube da Terceira idade em 26 de Março, Chalita falou sobre três habilidades: cognitiva, social e emocional.

Ressaltou que as habilidades cognitivas, a dos conhecimentos e do saber fazer está circunscrito até ao ato de plantar uma horta ou cozinhar.

Isso é bonito e muito puro.

Pois quem imaginava que a palestra do Professor Gabriel seria impregnada de termos difíceis e eruditos pensou errado.

O tempo todo, nessa linguagem pura e simples de um bom menino, ele falou ao coração das pessoas e não ao seu intelecto, diretamente. Falou também ao intelecto, mas a sua primazia é tocar o coração das pessoas.

A propósito, a Secretária da Educação abriu a palestra com um poema de Cora Coralina:

Não sei... Se a vida é curta

Ou longa demais pra nós,

Mas sei que nada do que vivemos

Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas

Não é ele o autor da Pedagogia do amor? Gabriel tem uma importância enorme, pois ele é construtor de conhecimento. E Chalita é filósofo e doutor em Semiótica.

“A semiótica é um saber muito antigo, que estuda os modos como o homem significa o que o rodeia” . (Wikipédia).

E a Pedagogia estuda também esse contexto humano.

Sempre me questiono o que ficou interiorizado em cinco anos de Curso. Hoje sei que as minhas colegas de Curso estão todas trabalhando. Creio que todas ainda estão com a mesma referência de saber que o nosso trabalho vai além de ser burocrata da educação.

Os professores comentavam que o Curso de Pedagogia só teria sua verdadeira relevância se a nossa missão fosse a de produzir conhecimento e lançar sementes.

.Muito daquilo apoiado pelas idéias de Freire e de Rubem Alves.

Luís Felipe Ponde perde quando afirma que o conhecimento das Ciências Humanas está pobre de cientificismo.(Folha de São Paulo) .

Hoje, Marcelo Gleiser,(Folha de São Paulo), que não crê em Deus afirmou no caderno “Mais” que o mito da ciência e do conhecimento científico em destruir a fé das pessoas não tem razão de ser. A Ciência está a serviço de auxiliar o ser humano na superação das dificuldades da sobrevivência. Crer ou não em Deus é uma escolha consciente que deve ser respeitada.

E o Curso de Pedagogia, como toda ciência humana, está centrada nas aquisições do sujeito em sua evolução como “homo sapiens”, e esse é o viés primeiro dos estudos que se fazem sobre a criatura humana, portanto, ciência pura.

Voltando ao palestrante, ele referiu-se as habilidades sociais, que é o de saber conviver bem no ambiente social, dentro do processo civilizado e civilizatório.

Que o docente deve respeitar a criatividade da criança e ter tolerância com seus comportamentos rebeldes. Nesse momento, foi muito apropriada a parábola das ovelhas, que é o significado da educação heterogênea, pois devemos ter muita atenção e educar todas as crianças, pois se uma criança fica sem receber nossa atenção e educação, é como se uma ovelha tivesse escapado do rebanho e se perdido.

Devemos ter cuidado com a nossa postura de educadores e lembrar que somos, de fato, educadoras e educadores.

Lembrou da iniciativa da Pastoral em sugerir que nas escolas se aconteça a Educação para a Paz. E que a educação pacífica começa com o conteúdo e não com a forma.

Resumo da ópera: aprendo com o outro a dar valor na minha vida.

Se as professoras e os professores não aprenderem a dar valor nas crianças que formam e informam, eles não podem, de fato e de verdade, enxergar em si a condição de cidadãos com potencialidades que virão ser se desabrochadas do jeito certo.

O sistema está aí , a serviço de reduzir nosso trabalho a uma forma capitalista: o aluno é o cliente, nós somos trabalhadores da educação, assinadores de pontos. ( Painel do Leitor, Folha, 28/03/10).

A minha pergunta final é a de querer saber, se além de Chalita, quem valoriza o professor?

Mas essa é outra questão e está centrada no sujeito professor.

A palestra foi centrada no sujeito aluno, afinal de contas. Embora, na realidade, nunca deixamos de ser alunos e alunas.

Um poema de Cora Coralina

Saber Viver






Não sei... Se a vida é curta

Ou longa demais pra nós,

Mas sei que nada do que vivemos

Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.



Muitas vezes basta ser:

Colo que acolhe,

Braço que envolve,

Palavra que conforta,

Silêncio que respeita,

Alegria que contagia,

Lágrima que corre,

Olhar que acaricia,

Desejo que sacia,

Amor que promove.



E isso não é coisa de outro mundo,

É o que dá sentido à vida.

É o que faz com que ela

Não seja nem curta,

Nem longa demais,

Mas que seja intensa,

Verdadeira, pura... Enquanto durar



Cora Coralina

quarta-feira, 24 de março de 2010

Zona de Desenvolvimento Proximal

Na zona do desenvolvimento proximal, como se refere Vigotsky, percebo o quanto a gente pensa que sabe uma coisas mas sempre há algo a aprender.


O Projeto Ler e Escrever têm sido uma verdadeira seara de aprendizados e fico muito feliz por saber que as professoras têm muito conhecimento que adquiriram em cursos de capacitação.

A coordenadora é um manancial de conhecimentos, muito alegre e cordial e nos ensina muuuuito mesmo.

Parabéns. Hoje estou feliz com a Educação que me foi ministrada e que ministrei.Dia altamente positivo.

sexta-feira, 19 de março de 2010

CARTA ABERTA A POPULAÇÃO DE ASSIS




Recentemente, o Jornal Voz da Terra publicou uma carta aberta a população escrita pelo eminente Dirigente regional de Ensino, o Sr. Cleómenes Santana.

Nessa carta, ele dizia aos pais e mães de alunos e alunas que havia os bons professores em exercício nas escolas estaduais, apesar da greve e que os (maus) professores grevistas não haviam avaliado os efeitos psicológicos, físicos e financeiros que a greve trará;

Diz ainda que agora os aumentos salariais dos professores obedecem a regras e que o bom professor terá 25% de aumento ao ano em seu salário.

Gosto muito da pessoa do senhor Cleómenes.Ele me inspira simpatia.

Profissionalmente, não me amparou quando eu mais precisei.

Perdi a minha vaga depois de ter tido a minha vida seriamente prejudicada pelo desemprego involuntário que o Estado em colocou, suspendendo o meu salário e sabedor de que eu sou o arrimo da minha família com quatro filhos para criar.

Comuniquei ao senhor Cleomenes que eu tinha efetuado um empréstimo no Banco e que eu tinha comprado um carro financiado para trabalhar em Cruzália em substituição;

Todos fizeram ouvidos moucos aos meus lamentos.

Queriam que eu fosse morar em São Paulo, assumisse a minha ex-sala lá;

Ninguém se preocupou com os efeitos psicológicos, físicos e financeiros que essa falta de misericórdia causou em minha vida particular.

O senhor Paulo Renato de Souza já deve ter até trocado de carro esse ano, afinal de contas enquanto que eu tenho todo o perfil para virar moradora de rua.

Ipsis literis, facto factorum, todo docente tem a sua vida particular. E o Estado não está nem aí para os efeitos psicológicos, físicos e financeiros que as suas exigências descabidas trazem a vida dos docentes.

Quem já tem o seu emprego, pertence a elite e é até presidente de um Clube, não percebe o caos que é a vida de um professor ou professora pobre que depende unicamente de sue salário para sobreviver.

E o nosso querido amigo não contou que 25% de aumento é só para os professores da panelinha;

Os outros vivem em uma situação sub humana, que nem eu , que estou sem emprego por parte do Estado e que estou sendo despejada do imóvel que eu resido.

È uma vergonha absoluta!!

Deve ser porque eu sou uma menina má e uma professora má.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Concepções equivocadas

Concepção de ensino, concepção de aluno, concepção de professor





Já está comprometido o meu ensaio por causa das formas de nomenclatura do sujeito que iniciou o texto: as concepções também se referem a aluna e a professora.Mas o costume é baseado na complexidade da desigualdade de gêneros, utilizando o gênero masculino para se referir ao masculino e feminino, todavia, talvez pensem ser cansativo ficar falando o aluno e aluna, mas essa forma seria a correta .
Mas esse é o menor dos problemas.
O maior deles é essa concepção de aluno e de professor que está cristalizado na mente dos que trabalham com a educação e a forma com que trata o profissional de educação como se ele ou ela não tivesse vontade própria.
Fiquei consternada com o caderno que o Estado deu ao meu filho para que ele pudesse estudar. Feito de material reciclado lembrava em muito a cor do papel de pão.
Louvável a iniciativa de se aproveitar e reciclar, mas será que esse material está na carteira do neto do Paulo Renato e do José Serra?
Os alunos de uma escola estadual de São Paulo iniciaram o ano sentados em pedaços de papelão porque não tinham carteira, como diz o Caderno Cotidiano da Folha de São Paulo, sexta feira, dia 20 de Fevereiro.
Lembra muito as sobras de porco que os senhores jogavam fora e os negros recolhiam para colocar no seu feijão preto, dando origem a nossa afamada feijoada.
No meu entender, todas essas coisas fazem parte da concepção equivocada de aluno, de professor e de escola que tem os nossos governantes.
O que me resta pensar é que essas sobras e esses restos se juntam a imposição de deslocar-se da sua cidade para trabalhar onde o governo determina que você deva trabalhar.
Como senhores e escravos. E se você não fizer do jeito que manda, ra re ri ro rua;
Um policial militar em Assis se suicidou pois não agüentava ficar longe da mulher e da filha, quando foi obrigado a ir trabalhar em outra cidade.Banto.
A escrava que vos fala não pode ir morar na grande cidade, fazendo a vontade do grande senhor, então a porta da rua é a serventia da casa.
A democracia e a equidade estão muito longe de ser verdade. Vivemos uma pseudo democracia, travestida de assistencialismo e servidão. Isso é muito grave.
O Brasil ainda é escravista, a nomenclatura mudou.
Ao invés de senhores de engenho, temos o Estado.Ao invés de escravos e escravas, a massa famélica e falida.
E os afrodescendentes, cada vez mais sem dentes, por falta de dinheiro para comprar escova e pasta, lutam com unhas e dentes por um lugarzinho ao sol e alguns  de nós  acabam vendo o sol ir nascer quadrado , juntamente com os brancos pobres que não tem capital material o suficiente.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Sinergia

Trabalho em equipe

A historinha do Padre teimoso e de Deus...

Trabalho em Equipe

Profº Chafic disponibilizou um Curso gratuito sobre o trabalho em equipes.Tenho inicialmente, aprendido muitas coisas sobre o que é uma equipe de verdade e o que significa trabalhar nela.Resgato ainda, a importãncia de saber que precisamos uns dos outros o tempo todo.è uma outra visão, outra dimensão, bem distinta das relações egocêntricas que se fazem todos os dias no cotidiano.
Para que o trabalho em equipe dê certo é necessário:
  • Confiança
  • Criatividade
  • Determinação
  • Persistência
  • Liderança
  • Trabalho em Equipe
  • Autonomia
  • Disciplina
  • Motivação
  • Harmonia
Junto do Curso está um vídeo que assisti em uma das escolas que eu trabalhei. Só se sabe a exata dimensão desse vídeo quem realmente começa a entender que trabalhar em equipe é antes de tudo, união.


 








domingo, 24 de janeiro de 2010

Trabalho em equipe




O que é uma equipe e como trabalha?




Uma equipe é um grupo de pessoas que possuem objetivos claros, sabe aonde quer chegar, respeitando e incentivando o crescimento de cada um de seus componentes.

Os componentes de uma equipe se conhecem, tem uma relação direta, havendo unidade de espírito e ação.

Uma verdadeira equipe se articula, se complementa, dependendo uns dos outros para objetivos comuns.

Não há em uma equipe verdadeira condições opressivas de trabalho, pois assim que se detecta a opressão, substituem-na por processos e políticas que estimulam as pessoas a trabalharem de forma efetiva para objetivos comuns.

Conforme MOSCOVICI (1996) “... desenvolver uma equipe é ajudar a aprender e a institucionalizar um processo constante de auto-exame e avaliação das condições que dificultam seu funcionamento efetivo, além de desenvolver habilidades para lidar eficazmente com esses problemas.”

...”As equipes são formadas por pessoas, e as pessoas são diferentes, reagem de forma distinta em situações diversas e o fazem também sob o comando da emoção e não apenas da razão. A chave está em aprender a respeitar e a lidar com essas diferenças. Para entender isso, basta fazer uma analogia dos membros de uma equipe com as ferramentas de uma marcenaria, onde cada membro tem a sua individualidade, as suas características, tais como as ferramentas que não são iguais. Mas é sob o comando do marceneiro, que

utiliza cada uma das ferramentas no momento certo, que nasce o lindo móvel de qualidade.

Então, sabendo ou não dessa realidade, é assim que ela funciona nas relações das pessoas dentro ou fora das organizações. Desconhecê-la é uma coisa, negá-la é impossível e compreendê-la é a nossa obrigação”. (Preissler, Rev. PEC, Jul. 2002)

domingo, 10 de janeiro de 2010

A culpa é (mesmo) da professora?

Fonte: Trajetórias e Perspectivas da formação de educadores


Lazzari Rachel (org.)



Formação de professores: o lugar das humanidades

Maria Helena Souza Patto

Com considerações instigantes do Profº José Mario Pires Azanha, docente e pesquisador da USP
Quem educa o educador?




1) A escola de poucos de ontem é historicamente diferente da escola de todos (ou quase todos de hoje).




Segundo José Mario Pires Azanha, docente e pesquisador da USP, as licenciaturas nada mais visam do que a transmissão de tecnologias mal fundamentadas e inaplicáveis as condições efetivas de ensino... o licenciado é vítima preparada para fazer as suas próprias vítimas: os alunos de ensino fundamental ( Azanha, 1955 a, p.44).

Azanha não acredita no déficit de aprendizagem do qual, muitas vezes os alunos de classe popular são rotulados. Nem crê também que as mazelas sociais desses alunos os motivem a ser autores do seu próprio fracasso escolar.

Antigamente, pontua o autor, a clientela da classe desfavorecida estava fora da escola por todas as razões sócio históricas do colonialismo e do escravismo da sociedade brasileira, e hoje está dentro da escola vivenciando a “ilusão da inclusão”.

Nada mudou na sociedade brasileira: o modo de produção, a sociabilidade entre as classes, feitas de arbítrio e autoritarismo, a falta de cidadania, os direitos sempre transmudados em favor dos poderosos, a história da infância pobre como palco de crueldades, a educação popular precária, impregnada de assistencialismo e voltada para o controle do conflito das classes.

( a minha crítica em relação a essa fala é que em todos os níveis sociais se praticam violência contra as crianças).

2) A idéia de que o ensino eficaz é basicamente a aplicação competente de um saber metodológico, epistemologicamente fundamentado em outros saberes, principalmente de natureza psicológica, é altamente discutível.
Nesse ponto, Azanha é contra a psicologização da educação e do aluno nas formas e modos de tratar o mesmo. Também contrário a psicologização da pedagogia e de seus aparatos e dispositivos.

O taylorismo seduziu os pedagogos na condução de seu ofício de educar.

Do que está se falando?

Está se falando de Frederick Taylor, um engenheiro mecânico dos Estados Unidos que acreditava na utilização de métodos científicos cartesianos para a condução de empresas.




A crença tayloriana é de sistematizar, controlar, supervisionar e de um estudo preliminar com metodologia própria visando o máximo desenvolvimento de um empreendimento.
Vem daí o desejo de moldar os processos concernentes ao ensino aprendizagem como um processo fabril.O controle absoluto sobre a mente e o corpo dos sujeitos, explícito e sutil;
O ajuste perfeito entre a prática de ensino e a propriedade do aprendiz.
O autor critica o diagnóstico psicológico que fazem do aluno em suas hipotéticas dificuldades de aprendizagem, e o discurso freqüente em Secretarias de Educação que culpam o fracasso escolar pelas falhas morais dos professores.
A psicologização está no centro da pedagogia, com a moda do construtivismo, fazendo do aluno o “sujeito epistêmico’ e do professor, o tutor cognitivo.
A dificuldade da psicologização do processo escolar, em especial das pretensas deficiências dos alunos, de forma individual, está no contextualizar indivíduos e não situações, como relata Laing, (1968) .





3- Mais do que meramente técnica, a solução dos problemas da escola pública fundamental exige uma mudança de mentalidade do próprio magistério



Conforme relata o autor, os futuros professores tem uma educação baseada na didática e na psicologia e não na visão político social do processo educativo.

O docente é formado com métodos e técnicas, ao invés de ser formado com uma visão mais abrangente: os condicionantes históricos, filosóficos, sociais e políticos.

Desejo abrir uns parênteses aqui: esse livro é antigo, embora os assuntos que são tratados aqui estão bem pertinentes ao quadro educacional dessa época.

Esses condicionantes aos quais se referem Azanha, estão sendo aplicados no ensino do Curso de Pedagogia da UNESP, por exemplo.

Uma boa margem de erros que foram evitados na prática pedagógica foram conseguidos recordando muito da teoria filosófica e sociológica das aulas que eu assisti na Faculdade.

Certas teorias aprendidas no Curso só tem sentido quando na sala de aula ou em uma reunião de HTPC rememora: Ah, é assim.

O professor reflexivo é o que pede a Metodologia do Estudo do Ensino Fundamental, por exemplo.

Então, creio que toda essa mudança só foi possível e será possível a partir da perspectiva crítica, reflexiva, dialógica que bem incipiente, tem tomado o campo do ensino aprendizagem da formação de professores.

Uma contribuição muito importante nesse campo foi Theodor Adorno, que pensou a educação a partir da barbárie dos campos de concentração.

Ele entende que qualquer forma de arbítrio atente para a vida e a dignidade da vida das pessoas: preconceito, opressão, genocídio, tortura.Sistemas carcerários, escolas desprovidas de recursos e que estão localizadas em bairros habitados pelas vítimas da lógica do capital.Arbitrariedade e brutalidade da polícia, preconceito racial, boçalidade dos programas de TV, condições de vida indigna a qual está relegada grande parte da população, na impostura e no banditismo de políticos e donos de poder.

A semiformação


A Educação que é trabalhada atualmente, obedece ao princípio da semiformação: pessoas obedientes como instrumentos da ordem vigente.Um sujeito mutilado, destituído daquilo que melhor define a razão humana: a capacidade de crítica informada por valores humanistas.

Claro que é bem confortável para quem alcançou certo poderzinho deixar tudo como está, pois se a massa se der conta de seus direitos e das suas possibilidades de conquista e de emancipação, os reis de pé de barro vão ser destronados.

O movimento de “caras pintadas’, por exemplo que resultou no impeachment de um presidente brasileiro, pode ter sido impulsionado pela mídia, por exemplo, para atender interesses excusos e de projeção da oposição.



Oposição essa que, uma vez tendo tomado o poder, fez pior do que o que ali já estava. E o impeachment não veio, pois popularescamente, convence gregos e troianos da veracidade de sua performance e das suas reais intenções.



Como culminância dessa práxis, alegou outro dia, que se Jesus viesse a Terra novamente, iria se aliar a Judas e fazer com este uma aliança partidária para defender os próprios interesses.

Nesse ponto, não há nada que os professores, por mais bem intencionados que estejam possam fazer, ( alguma coisa de concreto na formação e na informação de seus educandos) , já que como diz aquele rap (música odiosa) “Tá tudo dominado” .

Creio que o que define uma débil e possível resistência, é fazer uníssono com Azanha,

A única possibilidade de resistência do indivíduo está em sua constituição como núcleo de resistência.

A atitude filosófica alinhava ele, é instrumento intelectual imprescindível. No Curso de Capacitação de professores, a Filosofia como Paidéia é imprescindível.

Paidéia, palavra de origem grega, significa a educação profundamente humana, que forma o homem e forma também o cidadão è a formação geral que tem como tarefa construir a criatura humana de uma forma geral, para exercer a cidadania e para exercer as atribuições que o concernem como tal.

O educador só será resgatado do viés tecnicista que o lançaram, de forma nada inocente, se aprender a ver a face política do próprio tecnicismo.



Lazzari Rachel (ed.)



Teacher training: the place of the humanities

Maria Helena Souza Patto





With compelling considerations of Prof. Jose Mario Pires Azanha, teacher and researcher at USP





Who educates the educators?



1) The school a few of yesterday is historically different from the school of all (or nearly all of today).



According to Jose Mario Pires Azanha, teacher and researcher at USP, the graduates seek nothing more than the transfer of technologies ill-founded and inapplicable conditions effective teaching ... the licensee is the victim prepared to make their own victims: the primary school students (Azanha, 1955, p.44).

Azanha not believe in learning disabilities which often students working class are labeled. Not also believes that social ills and motivate these students to be authors of their own school failure.

Previously, the author points out, the clientele of the underclass was out of school for all the reasons historical partner of colonialism and slavery in Brazilian society, and is now in school living the "illusion of inclusion".

Nothing has changed in Brazilian society: the mode of production, social relations between classes, made of will and authoritarianism, lack of citizenship rights always transmuted to favor the powerful, the history of poor childhood as a stage of cruelty, popular education poor, imbued with paternalism and toward the control of the conflict of classes.

(My criticism of this speech is that in all social levels to practice violence against children).





2) The idea that effective teaching is basically the application of knowledge relevant methodological epistemologically based on other knowledge, especially of a psychological nature, is highly debatable.



At this point, Azanha is against the psychologizing of education and students in the ways and means of dealing with it. Also contrary to the psychologizing of pedagogy and its apparatuses and devices.

Taylorism seduced educators in conducting their work of education.

What are you talking?

You're talking of Frederick Taylor, a mechanical engineer from the United States believed that the use of Cartesian scientific methods for conducting business.

Belief Taylorist is to systematize, manage, supervise and a preliminary study with the methodology for maximum development of an enterprise.

From this comes the desire to shape the processes concerning the teaching-learning as a process plant.

The absolute control over mind and body of individuals, explicit and subtle;

The fit between the practice of education and ownership of the learner.

The author criticizes the psychological diagnosis that make the student in his hypothetical learning difficulties, speech and frequent in education departments who blame school failure by the moral failings of teachers.

The psychologizing is at the center of pedagogy, with the fashion of constructivism, the student doing the "epistemic subject 'and the teacher, the cognitive tutor.

The difficulty of the psychologizing of the schooling process, especially the alleged weaknesses of the students, individually, is in the context individuals, not situations, as reported Laing, (1968).





3 - More than merely technical, the solution of problems of public schools requires a fundamental change of mentality of their own teaching



As the author reports, future teachers have a teaching-based education and psychology rather than political vision of social educational process.

The staff is composed of methods and techniques, rather than being formed with a broader view: the historical conditions, philosophical, social and political.

I want to open a parenthesis here: this book is old, but the issues that are treated here are very relevant to the educational situation of that time.

These constraints to which they refer Azanha, are being applied in teaching the Pedagogy of UNESP, for example.

A good margin of errors that were avoided in teaching practice were able to recall much of the philosophical and sociological theory of the classes I attended at the university.

Some theories learned in the course only makes sense when in the classroom or in a meeting of HTPC remembers: Oh, yeah.

The reflective teacher is asking for the Study Methodology of Elementary Education, for example.

So I guess all this change was possible and it will be possible from the perspective of critical, reflective, and incipient dialogue that has taken the field of higher learning in teacher education.

A very important contribution in this field was Theodor Adorno, who thought education from the barbarity of the concentration camps.

He believes that any form of will watch out for the life and dignity of life of people: prejudice, oppression, genocide, tortura.Sistemas prison, schools lacking resources and are located in neighborhoods inhabited by victims of the logic of brutality and capital.Arbitrariedade police, racial prejudice, coarseness of TV programs, conditions of life which is unworthy relegated much of the population, and banditry deception of politicians and owners of power.

The erudition

Education is currently working on, follow the principle of erudition: people obedient instruments of the order subject vigente.Um mutilated, deprived of what best defines the human reason: the ability to critique informed by humanistic values.

Of course it is very comfortable for those who gained some poderzinho leave everything as is, because the mass become aware of their rights and their probability of winning and emancipation, the king of clay feet will be dethroned.

The movement of "painted faces", for example, that resulted in the impeachment of a Brazilian president has been boosted by the media, for example, to address concerns excuses and projection of the opposition.

Opposition which, once having taken power, did worse than what was already there. And the impeachment did not come, because popularesca, convince and cadres of the truth of their performance and their real intentions.

As the culmination of that practice, claimed the other day that Jesus came to earth again, he would align himself with Judas and make this a party alliance to defend their own interests.

At this point, there is nothing that teachers, however well intentioned they are able to do (something concrete training and information of their students), since as you say that rap (music odious) "It's all dominated."

I believe that what defines a weak and possible resistance, is to make unison with Azanha,

The only possibility of resistance of the individual is in their constitution as the core of resistance.

The philosophical attitude aligned it is the intellectual tools essential. In the Training Course for teachers, as Paideia Philosophy is essential.

Paideia, a word of Greek origin, means the education profoundly human, what manner of man and also a citizen and general training which is tasked with building the human being in general, to exercise citizenship and to exercise the powers that concern as such.

The teacher will only be rescued from the bias technicalities that they released it, so nothing innocent, learning to see the political face of the very technicality.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Contextos escolares

Contextos escolares


Fonte: Trajetórias e Perspectivas da formação de educadores_ Lazzari Rachel (Org.)




Um autoritarismo profundo rege as relações escolares, pontua o autor. Os educadores e administradores da Escola Pública estão separados dos usuários por esse contexto. Existe também preconceito racial e social que torna as coisas piores.

A democracia na escola pública, ainda é vista como assistencialismo. Os direitos da população são transformados em favores, prestados pela “bondade” dos que mandam.

Existem interesses hegemônicos pertencentes ao Currículo oculto.

O autor se refere também ao mandonismo e a demagogia. Orienta a buscar alternativas nos Cursos de formação dos professores, para que eles e elas dissipem essa ótica do autoritarismo sem fronteiras, essa burocracia sufocante.

No entanto, os autores que tão arduamente constroem todas essas teorias, esquecem que o professor e a professora são produtos de seu meio.

As condicionantes morais e sociais pertencentes ao Currículo oculto, a subserviência ao ter e não ao ser, fazem com que, desmotivados e cansados por um dia extenuante de trabalho, os docentes vão a esses cursos de capacitação descrentes de todas as prerrogativas traçadas pelo autor.

A convivência com os pais e mães mostra que a realidade da população é de uma pobreza gritante e sobra pouco espaço para manifestar uma democracia de verdade, sem ser pontuada pelo assistencialismo.

De antemão, o docente quer se sentir separado das mazelas sociais, talvez a sua própria realidade, quer ter um nível a mais. São construções feitas todos os dias, e os signos e símbolos se ostentação e de misere faz com que as coisas se perpetuem assim.





School contexts






A deep authoritarian governing these relations, the author points out. Educators and administrators of the Public School are separated by the users' context. There is also racial and social prejudice that makes things worse.

Democracy in public school, is still seen as welfare. The rights of the population are transformed into favor, provided by the "goodness" of the rulers.

There hegemonic interests belonging to the hidden curriculum.

The author also refers to mandonismo and demagoguery. Guides the search for alternative courses in the training of teachers so that they and they dispel this view of authoritarianism without borders, this stifling bureaucracy.

However, the authors build so hard all these theories, forget that the teacher and the teacher are products of their environment.

The moral and social constraints belonging to the hidden curriculum, the subservience to have and not to be, make, unmotivated and tired for a long day at work, teachers go to these training courses unbelievers, all the benefits outlined by the author.

Living with parents shows that the reality of the population is a stark poverty and there is little room to express a real democracy, without being punctuated by the assistance.

Beforehand, the teacher wants to feel separated from the social ills, perhaps your own reality, wants to have an extra level. Buildings are made every day, and the signs and symbols to ostentation and misere causes things to be perpetuated

domingo, 3 de janeiro de 2010

Qaul é o lugar na Universidade nas escolas públicas, no ensino fundamental e médio?

Qual é o lugar da Universidade nas escolas públicas, no ensino fundamental e médio?




Fonte: PATO Souza Maria Helena de- in “Trajetória e Perspectivas na formação de educadores”- org Lazzari Rachel;

Com essa leitura, finalmente, eu pude fechar todos os pontos desatados desse grande nó que e a educação brasileira no tocante a minha formação e a minha atuação profissional nas escolas da rede pública e o papel da minha formação como aluna da UNESP.

Recebo muitas críticas, mas não há fundamentos para elas. Nas escolas que trabalhei, fui obrigada a assinar termos em cadernos de atas, que chamam de “ocorrências” e vi que isso acontece com todas as professoras.

Como diria a Dra. Adriana Sobral, ninguém é obrigado e não há fundamentos para que alguém produza provas contra si. Essa fala também está contida no Código  Civil brasileiro.

Como uma historinha infantil, Joãozinho foi mal na escola e a professora o obriga a por as orelhas de burro e ir para a lousa escrever cem vezes: eu sou burro, eu sou burro, eu sou burro, e cem vezes no caderninho de Joãozinho, que como mau aluno, não cuida direito do seu material e o caderno dele tem todas as orelhas possíveis e imagináveis.

Então quando há um juízo de valor precipitado, baseado naquele código burguês: ‘ “ “Manda quem pode e obedece quem tem juízo” , nós temos que assinar essas atas produzindo provas contra nós mesmas.

A única saída para escapar disso é puxar o saco e fazer como a diretora acredita que é certo. Exemplo: se ela acha que o método fônico é o ideal e não acredita no construtivismo, a pobre professora do ensino fundamental tem que ensinar os alunos de alfabetização com a metodologia do fonético e mesclar, com autorização da coordenadora alguns itens do construtivismo que passam como corretos. Utilizam para justificar isso a sua autoridade na hierarquização de seu cargo e a unificação de um “projeto pedagógico”.

Quem está mal preparada para a função nesse momento? A professora ou a diretora?

Não estou isenta de falhas, ainda que a minha formação seja a melhor possível, no quadro de valores da educação.

Então apesar do meu valor posicional ser bom, se eu não aprender com os meus erros, vou virar um zero a esquerda.

E zero a esquerda não vale nada.



What is the place the University in public schools in elementary and high school?




Source: PATO Maria Helena de Souza-in "Trajectory and Prospects in the training of educators" - org Lazzari Rachel;



With this reading, finally, I could close all the points that untied the knot and the great Brazilian education regarding my training and my professional activities in public schools and the role of my training as a student at UNESP.

I get criticism, but there is no basis for them. In school I worked, I was forced to sign books in terms of minutes, they call "events" and saw that it happens to all teachers.

How would the Dra. Adriana Sobral, and no person shall be no grounds for someone to produce evidence against him. This statement is also contained in the Civil Code Brazil.

As a children's story, Johnny was badly at school and his teacher forces him to the ears of an ass and go to the blackboard to write one hundred times: I'm dumb, I'm dumb, I'm dumb, and one hundred times in the notebook of Johnny, who as bad student, do not take care of your stuff right and the product it has all ears imaginable.

So when there is a value-judgment precipitate, based on that code bourgeois" Have those who can and obey whoever is sensible, "we have to sign such minutes producing evidence against ourselves.

The only way out is to pull  up and do as the director believes is right. Example: If she thinks the phonic method is ideal and does not believe in constructivism, the poor school teacher has to teach students literacy with the methodology of phonetic and merge with the authorization of coordinating some items of constructivism that are as correct. They use it to justify their authority in the hierarchy of the office and the unification of a "pedagogical project".

Who is ill-prepared to function at this time? The teacher or the director?

I'm not flawless, even though my training is the best possible in the context of values education.

So despite my place value is good, if I did not learn from my mistakes, let me turn a zero left.

Zero and the left is worth nothing.