segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Andradiano ou Reescrita


Andradiano ou reescrita




Ode ao burguês

Odeio ao burguês

O burguês níquel

O burguês micho

A digestão versus a inanição

As nádegas suadas do homem nádegas

Contra as nádegas secas do homem pobre;

O cauteloso pouco a pouco

Que inspira cuidados e diz 33

Que faz plástica e esquece que vai morrer;

Enquanto pobres bebês plásticos

No lixo do caminhão

São despejados das favelas

Eu insulto os coronelismos bigodudos

Que vivem nas suas fortalezas

Gastando o dinheiro do povo

E das criancinhas

Com suas viagens ao Exterior

Charutos, caviar e lagosta



Enquanto restos de gente

Procuram restos de comida

Nas latas de lixo



Enquanto as filhas das senhoras

Aprendem o francês

E os pobres bebês de plástico

Nem podem aprender a falar

Pois morrem antes de nascer

Eu insulto o burguês fedido

Que disfarça o seu  futum com perfume

Para esconder sua real podridão

Ode ao burguês

E para justificar os gêneros

Ode as burguesas

Ou odeio as burguesas

Odiaria
Se não fossem mulheres....
Ser mulher já é carma!

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