terça-feira, 11 de agosto de 2009

Didática e prática na sala de aula


A DIDÁTICA E A PRÁTICA NA SALA DE AULA


A parte teórica muito intensa do Curso de Pedagogia tem atrapalhado a vida de milhares de pedagogos quando assumem a sala de aula.
O estágio obrigatório não é de intervenção, é de observação.
Isso quer dizer que quando a professora entra na sala de aula ela não sabe nada da arte de ensinar.
Normalmente, estudamos a matéria de Didática, mas é outro amontoado de teorias.
Apostilas para os candidatos a professores xerocarem e às vezes nem lerem, pois o ensino se organiza em seminários.
Cada grupo estudará apenas o conteúdo que cairá no seu seminário.
Durante a sua observação, muitas vezes, ela se deparou com professores gritando com seus alunos e tratando-os com hostilidade.
É com esse espírito que ela vai para a sala de aula.
A ela é entregado um livro didático que não foi escolhido por ele.
Poderia ter sido ensinado que existem pelo menos quatro etapas a serem cumpridas para a aplicação desse conteúdo didático:
Selecionar, organizar, transmitir e avaliar os conteúdos do livro didático.
Existe, ao final de todo livro didático instruções bem claras quanto ao manuseio do mesmo.
Não sei se esse conteúdo instrucional tem sido observado e utilizado como deveria.
Quando a docente seleciona o que trabalhará, ancorando tal aprendizado com fontes paradidáticas, ele estará aprimorando o conteúdo pronto.
Quando ele organiza, terá um planejamento coerente que poderá ser modificado se precisar. Pois se ele não tem nada organizado, o que modificará?
Quando ele transmite de forma selecionada e organizada, ele mesmo tem um conhecimento prévio do que está sendo transmitido e pode.
Quando ele avalia, ele poderá perceber onde foi insuficiente e errado a forma como o ensino foi ministrado e resgatará o conteúdo, dando a si mesmo uma chance de aprender a ensinar e ensinar o que não foi aprendido.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

a arte de ensinar

Contribuição

Momentos de reflexão

A arte de ensinar
Dia desses um garoto de oito anos contava para a mãe suas experiências na sala de aula. Comentava sobre cada professor, sua maneira de ser e de transmitir ensinamentos. Dizia que gostava muito das aulas de uma determinada professora, embora não gostasse muito da matéria. Comentava, ainda, que detestava ter que assistir as aulas de sua matéria preferida porque não gostava da professora. Dizia, com a franqueza que a inocência infantil permite: A professora de História está sempre de mau humor. Ela grita com a gente por qualquer motivo e nunca sorri. Quando passa uma lição e algum aluno não faz exatamente como ela mandou, faz um escândalo. Todos os alunos têm medo dela. Já a professora de Português está sempre sorrindo. Brinca com a turma e só chama atenção quando alguém está atrapalhando a aula. Eu até fiz uma brincadeira com ela um dia desses, e ela riu muito. Depois de ouvir atentamente, a mãe lhe perguntou: E por que você não gosta das aulas de religião, filho? Ah, falou o menino, o professor é grosseiro e cínico. Critica todos os alunos que têm crença diferente da dele e diz que estão errados sempre que não respondem o que ele quer ouvir. E, antes de sair para suas costumeiras aventuras com os colegas, o garoto acrescentou: Agora eu sei que, por mais complicada seja a matéria, o que faz diferença mesmo, é o professor. De uma conversa entre mãe e filho, aparentemente sem muita importância, podemos retirar sérias advertências. E uma delas é a responsabilidade que pesa sobre os ombros daqueles que se candidatam a ensinar. Muitos se esquecem de que estão exercendo grande influência sobre as mentes infantis que lhes são confiadas por pais desejosos de formar cidadãos nobres. Talvez pensando mais no salário do que na nobreza da profissão, alguns tratam os pequenos como se fossem culpados por terem que passar longas horas numa sala de aula. Mais grave ainda, é quando se arvoram a dar aulas de Religião e agridem as mentes infantis com a arrogância de que são donos da verdade, semeando no coração da criança as sementes do cepticismo. Quem aceita a abençoada missão de ensinar, deve especializar-se nessa arte de formar os caracteres dos seus educandos, muito mais do que adestrar-se em passar informações pura e simplesmente. É preciso que aqueles que se dizem professores tenham consciência de que cada criatura que passa por uma sala de aula, levará consigo, para sempre, as marcas indeléveis de suas lições. Sejam elas nobres ou não. É imprescindível que os educadores sejam realmente mestres, no verdadeiro sentido do termo. Que ensinem com sabedoria, entusiasmo e alegria. Que exemplifiquem a confiança, a paz, a amizade, o companheirismo e o respeito. E aquele que toma sobre si a elevada missão de ensinar Religião, deverá estar revestido de verdadeira humildade e da mais pura fraternidade, a fim de colocar Deus acima de qualquer bandeira religiosa. Deverá religar a criatura ao seu Criador, independente da Religião que esta professe, sem personalismo e sem o sectarismo deprimente, que infelicita os seres e os afasta de Deus. Por fim, todo professor deverá ter sempre em mente que a sua profissão é uma das mais nobres, porque é a grande responsável por iluminar consciências e formar cidadãos de bem. * * * Mestre verdadeiro é aquele que ajuda a esculpir nas almas as mais belas lições de sabedoria. Verdadeiro professor é aquele que toma das mãos do homem, ainda criança, e o conduz pela estrada segura da honestidade e da honradez. O verdadeiro mestre é aquele que segue à frente, sinalizando a estrada com os próprios passos, com o exemplo do otimismo e da esperança.
Autor:Redação do Momento Espírita. Disponível no CD Momento Espírita, v. 11, ed. Fep.
Som de Fundo:"Alma"
Colabore com a Melhoria da Humanidade:Imprima cópias e distribua para pessoas que não tem acesso a computador e internet.Clique aqui para imprimir.