sábado, 9 de maio de 2020

A desmistificação da análise comportamental considerando interfaces entre Psicologia e Física

Fonte: https://www.facebook.com/fisica.usp/photos/gm.339992643627226/2988008911255673/?type=3&theater


Ao observar a tentativa de entendimento da realidade efetuada pelos psicólogos e suas diversas teorias, um ponto questionável é a presunção do controle da realidade utilizando a análise comportamental.

Essa Palestra conduzida pelo Professor Sérgio Luiz Morelhão trouxe informações da Física que limita a ação dessa abordagem teórica ao colocar que nós podemos alterar a realidade através de nossa imaginação.

Ele usou o elefante como base, que tem capacidade de memória, mas que não evolui a partir do seu estado animal. Falta ao animal a capacidade de projeção, que temos , da nossa imaginação, que podemos alterar a realidade.

A interface entre esse conhecimento trazido pela Física desvendando as funções neurais e análise comportamental, de prevenção, modelação e controle reduz a suposição de que é possível controlar o comportamento.

Esta é a perspectiva hipotética de que é necessário avançar na compreensão da psique humana, levando em consideração vários fatores que não pertencem ao campo da Psicologia, estabelecendo uma rede de conhecimentos que desmistifique alguns conceitos.

Ao desmistificar conceitos, podemos entender o quão limitada é a nossa compreensão da realidade que nos cerca, das nossas potencialidades, do funcionamento do nosso cérebro.

Percamos a vaidade de colocar nossas subjetividades e subjetivações sobre a lâmina de um microscópio, insistindo no Determinismo e a imutabilidade dos fenômenos.



domingo, 29 de março de 2020

O Curador ferido



Recentemente, em uma postagem de uma amiga de Rede social, Terapeuta holística,  observei uma postagem diferente  que fala sobre o motivador e o real significado desse vírus e dessa Pandemia.
Ela se referia a Quíron, um planeta jovem que se aproxima do Planeta Terra, com o intuito de ferir e curar, auxiliar os seres humanos a olharem para dentro de si mesmos e da sua impotência diante de determinados fenômenos.
Para entender esse conceito, na sua forma astrológica, será necessária uma pesquisa mais aprofundada.
Guardando provisoriamente,  dentro de mim a minha orientação cristã, coloquei-me a refletir sobre os processos psicológicos básicos de um Curador ferido e a relação estabelecida com um Planeta.
Conclui, momentaneamente, que um Curador ferido  é  aquele que ao mesmo tempo que cura, fere, pois essa é a sua natureza.
Pesquisando mais a fundo, entendi que Carl Jung também falou sobre esse conceito e alertou que se o Terapeuta escolheu essa profissão, é porque ele ou ela mesmo se sentiu ferido terrivelmente durante sua vida e decidiu ajudar as pessoas para que elas não passem por episódios dolorosos sem tentar ressignificar o caminho.
E nesse caminho, (como nos diz João Cabral de Melo Neto, que o caminho se faz andando nele), é de fundamental importância que o Psicólogo e Psicóloga seja Paciente, ou seja, faça Terapia, pois como assevera Jung, um curador ferido pode ferir ainda mais o seu paciente, ao invés de ajudá-lo a ressignificar suas vivências.Seja Paciente no sentido de dividir as suas dores com o Outro, essa instância fundamental.
Um Terapeuta alinhado com as suas dores pode beneficiar e muito seu paciente, pois, a medida que constrói junto com ele , um novo sentido para aquela dor, acaba se curando a si mesmo, com compaixão, que significa "sentir com".
Estamos atravessando momentos angustiantes de incertezas e mortes, que não nos  permitem nem os rituais e ritos a que estamos acostumados: o velório e o enterro de quem morre.
Em algumas cidades italianas, os médicos estão utilizando a Tecnologia da vídeo conferência por tablets aos condenados se despedirem de seus entes queridos. Alguns, não todos.
Muita dor e muita renúncia e ninguém sabe para onde vamos.
Capitalistas insistem em manter tudo funcionando, pois o país pode quebrar, recessão, Depressão econômica.
Nos lares, um filme em câmera lenta,  aproximações forçadas de pais, mães e filhos que há muito tempo não conviviam satisfatoriamente,  causando certo estranhamento em algumas famílias que haviam relegado à Escola o poder de  educar e de cuidar de  seus filhos e filhas. Algumas, não todas.
Ressentimento contra Educadores que "estão em casa, ganhando seu salário".
Idosos solitários entregues à própria sorte,  tensão e angústia pairando no ar. Certo alívio quando se conclui que pelas estatísticas, o grupo de risco são idosos e a fala de um Chefe de Estado: "Infelizmente, algumas mortes terão..."
Repentinamente, com essa informação rápida,que permeia nosso mundo tecnólogico, vejo que um bebê morreu vítima de Corona vírus.
E as pessoas tendo que conviver e tendo que refletir sobre o sentido da vida e o valor de ter um emprego, por mais simples que seja, de ter uma casa para morar, ainda que seja alugada, do mundo antigo, que tudo funcionava, mas que não era valorizado, pois a ganância e o TER MAIS cegou os olhos de muitos.
Ao descobrir a importância de muitas coisas que não víamos , começa a ocorrer, lentamente o Processo de cura ou se ressignificação, de VALORIZAÇÂO.
E as mortes, sacrificiais ou consequenciais ferem intensamente.
O Curador Ferido.
E minha mente volta ao meu Amigo de todas as horas, aquele que , por força da Ciência, já devia ter abandonado. Dizem que a entrada na Universidade deixa ateu o mais ferrenho dos cristãos em  uma oposição da Ciência contra a Fé . Há controvésias. Na minha concepção, uma completa a outra, ainda que de forma pasadoxal, pois como dia a Bíblia, na Carta de Paulo aos Timóteos, as coisas da fé são loucas para a Ciência e vice-versa.
Jesus Cristo. Ele, talvez, seja o verdeiro sentido do Curador Ferido.
Sua morte sim, foi sacrificial, e o que fere é saber que Ele nasceu sem pecado e carregou naquela Cruz todas as nossa dores.

E vejo a figura frágil do Papa Francisco rezando em pé na Praça de São Pedro.Histórico.
Dar conta de tantos conceitos, da ação-reflexão-ação do Terapeuta , da ação de Quíron, e do verdadeiro significado dessa Pandemia parece ser muita coisa.
E não é.
Ao refletir sobre todas as coisas, desejo que você entenda o papel do Curador ferido, ainda que não queira pensar sobre o significado do que está acontecendo e que procure conjugar, com sabedoria, o verbo AMAR.
O Amor, importar-se, sentir junto com, compartilhar, carregar a cruz, parece-me ser a cura de todos os males.Inclusive o morrer.















sábado, 28 de julho de 2018

As mandalas na Psicologia Junguiana

Fonte: Psicanálise e Criatividade 
Sonia del Nero ; Ed. Vetor, 2004
Site: Vila do artesão

http://www.viladoartesao.com.br/blog/a-artista-e-leticia-leal-e-sua-arte-as-mandalas/
Wilkipedia; A enciclopédia livre 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wassily_Kandinsky

A mandala é o símbolo do centro, da meta, do self, enquanto totalidade psíquica... assim afirma Sonia del Nero.
As imagens de mandalas do Museu do Inconsciente organizadas por Nise da Silveira, mostram as mandalas dos pacientes esquizofrênicos em processo de tratamento e observa-se o que parece ser os recursos utilizados pelos psiquiatrias e psicólogos que seria a busca da  cura através da Arteterapia.

Em seu livro, del Nero faz distinção entre a obra produzida por um psicótico e um artista.O psicótico faz sua obra pelo acúmulo de energia do ego que sofreu um distúrbio.O artista é um ser inspirado pela criatividade que constrói um futuro, através da metamorfose.
Para descrever uma mandala, o espectador se vale de sua subjetividade. A minha subjetividade coloca na Arte do paciente não identificado de Nilse , a forma de um planeta Terra, cuja simbologia máxima seria a flor, como processo criativo e criador.No centro da mandala, está o rosto de uma pessoa, provavelmente o artista.Ele encontrou na Arte da mandala um dispositivo de proteção contra a maldade da serpente que envolve o mundo com o seu corpo, simbolizando o mal e a loucura que o impede de ser comum.

Essa mandala acima é uma obra de  Arte de Letícia Leal, uma artesã baiana muito importante que descobriu na confecção das Mandalas uma paixão e uma fonte de renda.
Minha subjetividade observa nessa mandala um inconsciente organizado e concêntrico, mostrando evolução e dotes artísticos refinados. A figura da flor também está presente que vem do centro, formando outras dimensões subjetivas e coloridas, dispostas de forma harmônica.
Como afirma Sonia del Nero , "as preciosas mãos do artista produzem obras que promovem diálogos profundos do espírito com o espírito.
Mas ao contrário do que pensa a autora do livro "Psicanálise e criatividade", vejo no traço do paciente de Nise harmonia e organização. Considerei fantástico  como o próprio paciente sente de forma inconsciente como é aprisionado pela sua loucura, representando-a na forma de uma serpente que cuida do mundo em que ele vive.
Todo conhecimento aprisionado também se revela: o formato circular do mundo, a serpente como simbologia do mal e da prisão mental que ele sofre, a escolha precisa das cores para compor sua obra.
Ambas mandalas apresentam um valor inestimável em seu processo criativo e criador.
Provavelmente, outras pessoas interpretarão de forma diferente os conteúdos das obras de Arte.
Destaco aqui também a obra de Vassily Kandinsky, que utilizava círculos em suas obras.
Sobre o círculo, Kandinsky disse que  "é a síntese das grandes oposições. Ele combina o concêntrico e o excêntrico numa única forma e equilíbrio. Das três formas primárias, o círculo é aquela que se direciona claramente para a quarta dimensão.
Essa frase do artista remete a um estudo sobre a questão da consciência e da subjetividade, em face da morta-
lidade humana. Resta saber se o artista estava se referindo  a estrutura quaternária da subjetividade humana,em seus 
processos conscientes disposta por Jung, ou a quarta dimensão de um existir que não conseguimos captar com os 
nossos sentidos.





quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Comportamento Organizacional

Fonte: Robbins, P. Stephen "Comportamento organizacional" Ed. Pearson Prentice Hall 




sexta-feira, 25 de dezembro de 2015